CONVIDADO ESPECIAL
Russo Passapusso enaltece 50 anos do Ilê Aiyê: "É uma força"
Cantor da BaianaSystem participou do show comemorativo e celebrou data
O Ilê Aiyê, um dos mais icônicos blocos afro do Brasil, fez história ao celebrar seu 50º aniversário com um show grandioso que reuniu artistas e uma multidão apaixonada, nesta sexta-feira, 1º. Entre os convidados especiais, estavam Russo Passapusso e Roberto Barreto, da BaianaSystem, que compartilharam as suas reflexões sobre a importância do Ilê Aiyê e a relevância da música como um meio de resistência.
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Durante a entrevista, Russo destacou ao Portal A TARDE o significado profundo do Ilê Aiyê para a cultura afro-brasileira. “É um bloco que transcende o conceito de festa; ele é uma força que nos ajuda a enxergar e afirmar a resistência negra em todos os seus aspectos. A musicalidade que vem desse espaço é uma celebração de nossas lutas e alegrias”, afirmou, ressaltando que a energia do bloco é capaz de reacender um sentimento coletivo de pertencimento e força.
O artista também enfatizou que o legado do Ilê Aiyê não se limita ao passado. “Não podemos tratar essa história como algo que já passou. O que vemos hoje são novas gerações se apropriando desse legado, criando um diálogo entre o que foi e o que está por vir. As levadas que ouvimos agora têm raízes profundas, mas também são um reflexo do que ainda está se formando”, disse Russo, referindo-se ao caráter atemporal da música afro-brasileira.
Ao ser convidado para se apresentar no show do 50º aniversário, Russo Passapusso expressou a sua honra. “Estar aqui hoje, celebrando ao lado dessas pessoas, é algo que me enche de orgulho. É uma forma de homenagem e um reconhecimento do impacto que o Ilê Aiyê teve não só na música, mas na sociedade como um todo”, afirmou.
Com o público vibrando a cada apresentação, a celebração do Ilê Aiyê foi marcada por um sentimento de união e resistência. O show não apenas reanimou as vozes do passado, mas também trouxe à tona novas narrativas, mostrando que a música é um instrumento poderoso para fortalecer identidades e promover a luta contra a desigualdade.
Quem fez questão de deixar claro isso que foi observado no show foi Analice Amaral, de 52 anos, que garantiu ser presença frequente em apresentações da entidade. "É muito lindo ver tudo o que o Ilê representa para a cultura baiana e como ele é capaz de influenciar gerações", comentou à reportagem.
Assim, os dirigentes do grupo deixaram claro que o 50º aniversário do Ilê Aiyê não é apenas uma comemoração, mas um chamado à ação, "uma celebração da resistência e uma reafirmação de que a música continuará a ser uma ferramenta vital na luta pela igualdade e pela valorização da cultura negra".
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