EDITORIAL
Abril Azul
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Lutar por direitos enseja admitir as derrotas apenas para quem desiste, pois as vitórias virão, ou provisórias ou permanentes, a verificar hoje na proposta do Dia Mundial da Conscientização do Autismo.
O objetivo de todas e todos quantos queiram engajar-se é o de promover a difusão e o compartilhamento dos saberes científicos sobre o transtorno do espectro autista, como a diferença de percepções e interatividade passou a ser chamada no jargão médico.
Estabelecida em 2007, a data visa reduzir a discriminação proveniente de um tolo e insustentável argumento de haver algum tipo de “normalidade”, tomando-se como cenário, em verdade, um jogo de poderes no qual pessoas se autoproclamam “normais” em relação àquelas com transtornos.
As evidências apontam, no entanto, para uma tendência à “normatividade” ou conjunto de aspectos comportamentais muito distantes da busca por um convívio pleno e amistoso, ao contrário, seriam os ditos “normais” autores de vis e inomináveis atrocidades uns com os outros – e contra os autistas.
A campanha em favor dos que possuem pequenas ou grandes distinções ocorre agora no Abril Azul, conforme planejado no calendário de colorações mensais das Nações Unidas, levando em conta o fato de 1 entre cada 160 crianças no mundo desenvolverem o poder de ter acesso aos fenômenos por vieses muito próprios.
No Brasil, a Lei 12.764/2012 instituiu a política nacional de proteção ao público discriminado, denominado “pessoa com deficiência” para efeitos legais, determinando aos estabelecimentos públicos e privados utilizar o símbolo de prioridade aos dotados das formas peculiares de apreensão das “realidades”.
Na Bahia, as Apaes, o grupo Juntas pelo Autismo, formado por professoras visando combinar melhores táticas de didatismo e a Escola-Clínica Evolução são algumas referências em defesa deste numeroso grupo social, em experiências bem sucedidas e ilustradas pelo célebre verso, irrefutável e iniludível, do poeta Caetano Veloso: “de perto, ninguém é normal”.
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