Controle necessário

Responsabilidade em relação a procedimentos invasivos ou agressivos é aspecto essencial quando se trata de envolver riscos à vida de quem deseja ampliar a sensação de beleza, de bem-estar e de auto estima.

O assunto volta à baila após a morte de empresário de 27 anos, ao submeter-se à técnica “peeling de fenol”, aplicada possivelmente sem a habilidade exigida a uma profissional melhor qualificada.

A população precisa estar protegida, mediante a adoção de mecanismos de controle, com a devida fiscalização, a fim de punir infratores se ficarem comprovadas a inépcia e a deliberada iniciativa de tratamento sem respaldo técnico.

Como necessariamente ocorre nos episódios nos quais faltam a educação e a ética – arte de combinar como viver melhor –, resta apelar para as normas e diretrizes, no caso em tela o projeto de lei 9.602, tramitando desde 2018.

Já aprovado pela Câmara dos Deputados, mas ainda em avaliação no Senado, o alvissareiro PL torna obrigatória a comunicação de complicações nos moldes similares ao tipo da desastrada ação capaz de levar a óbito o cliente paulista.

O objetivo é o de acumular conhecimento, favorecendo as análises de médicos especializados em pele (dermatologistas), a fim de reunir dados suficientes com o objetivo de prevenção, considerando o ritmo acelerado das tecnologias.

A possível parceria da mais importante casa legislativa com os pesquisadores justifica ser saudada como benefício para a cidadania, servindo a prática de um bom exemplo para ser seguido em outros parlamentos, em estados e municípios.

O inusitado fica por conta de pessoas, como a vítima, que podendo ter acesso a informação confiável escolhem as aventuras em busca de preenchimentos corpóreos, alisamentos capilares e colorações artificiais de epiderme, frequentemente arriscando-se a intoxicações e infecções, ou mesmo à morte.