EDITORIAL
Flagrante exemplar
Confira o Editorial do Jornal A TARDE
![Imagem ilustrativa da imagem Flagrante exemplar](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1270000/1200x720/Flagrante-exemplar0127794300202407102051-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1270000%2FFlagrante-exemplar0127794300202407102051.jpg%3Fxid%3D6286412%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721453528&xid=6286412)
Enquanto o racismo persistir, impõe-se o combate por parte dos veículos de comunicação massiva e toda e qualquer ferramenta pedagógica para instruir a cidadania, a verificar no episódio envolvendo a ofensa à jogadora Suelen.
No mesmo mês no qual se celebra a expulsão dos portugueses, coube ao treinador Hugo Duarte, herdeiro das caravelas, a infeliz autoria da agressão, comparando a atleta do Esporte Clube Bahia a “macaca”, possivelmente na intenção de menosprezo.
Não seria o primata motivo de vergonha, pois os animais não-humanos também são dignos de todo respeito e admiração, mas, com boa vontade, é fácil comprovar a infame e imoral investida contra a dignidade da briosa atleta.
Embora de ancestral comum e 99% semelhantes, as pessoas diferem dos bichos afeiçoados a dieta de bananas, portanto, na palavra proferida pelo lusitano pateta, está a prova inequívoca do crime.
Esgrimir com o argumento falacioso da “cabeça quente”, após amargar a desclassificação, seria desespero, sabendo-se toda tentativa de drible judicial ter gorado como tática para escapar da “dura”.
A ninguém é dado desconhecer a lei sancionada pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, a 11 de janeiro de 2023, equiparando a “injúria racial” ao “racismo”, ambas as tipificações tidas por inafiançáveis e imprescritíveis.
Desperdiçou o “gajo” boquirroto a chance de parabenizar a craque pela volta do Tricolor da Boa Terra para a primeira divisão nacional ao vencer por 2x0 o Amazonas, fora de casa, e empatar o jogo de volta, mantendo-se o 0x0.
A mulher de aço esbanjou categoria, ao lembrar em seu perfil da internet, do direito estabelecido pela Constituição Brasileira, de tratamento igual, sem distinção de etnia, denunciando o ato praticado pelo “criminoso treinador”.
O delito inspirou repúdio do Ministério do Esporte, elevando a Polícia Militar baiana ao pedestal de exemplo a ser seguido nacionalmente, pois o Batalhão Especializado de Policiamento de Eventos viabilizou a lavratura do flagrante.
Assuntos relacionados
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro