FEIRA DE SANTANA
Ex-vereador de Feira tem prisão preventiva decretada por grilagem
Oito pessoas estavam presas temporariamente

Por Luiza Nascimento

A Justiça decretou a conversão da prisão temporária a preventiva, de oito investigados, apontados como integrantes de uma organização criminosa voltada para a grilagem e comercialização ilegal de imóveis em Feira de Santana. O pedido partiu do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA).
O ex-presidente da Câmara de Vereadores de Feira de Santana, Oyama Figueiredo, é um dos suspeitos. A defesa nega a acusão e aponta mal-entendido nas investigações.
Outras sete pessoas, incluindo empresários da construção civil, policiais civis e militares, servidores cartorários e advogados também estão sendo investigadas.
Operação Sinete
Eles estavam presos temporarimanete desde 26 de novembro, após a Operação Sinete. Com a nova decisão, os suspeitos permanecerão no Conjunto Penal de Feira de Santana por tempo indeterminado.
O ato de grilagem é caracterizado pela ocupação ilegal de terras públicas. As investigações tiveram início após representação encaminhada ao MP-BA relatando a existência de um esquema estruturado.
A denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) afirma que o grupo é suspeito de ocupar ilegalmente propriedades, intimidar proprietários com violência e ameaças, falsificar documentos públicos e promover a venda irregular dos bens a partir de registros imobiliários fraudados.
As investigações contaram com o apoio do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco).
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Esquema envolve núcleo cartorário, policial e empresarial/imobiliário
Contando com empresários da construção civil, policiais civis e militares, servidores cartorários e advogados, o esquema atuava com três núcleos.
O cartorário era responsável por fornecer a base documental para legitimar transações fraudulentas, incluindo registros e matrículas supostamente manipulados.
Já o núcleo policial seria responsável pela proteção armada e pelas ações de coerção contra vítimas.
Por fim, o núcleo empresarial e jurídico atuava na viabilização econômica das transações irregulares e na formalização de escrituras e contratos simulados.
Outras 11 pessoas são investigadas
Além da prisão preventiva dos oito investigados, a Justiça determinou medidas cautelares para outros 11 alvos da investigação.
Entre elas estão:
- Comparecimento periódico em juízo;
- Proibição de acesso a cartórios extrajudiciais;
- Restrição de saída da comarca e impedimento de contato com testemunhas e demais investigados;
- Uso de tornozeleira eletrônica para três investigados ligados ao núcleo cartorário e jurídico;
- Restrições profissionais, como a suspensão do exercício de função pública;
- Proibição de atuação em atividades relacionadas ao setor imobiliário e à advocacia nos casos indicados.
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