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SALVADOR

Fake news e herança: morte de estofador suspeito de estupro tem novos detalhes

Mulher de Marcelo de Oliveira falou pela 1ª vez sobre o crime, que ocorreu em Paripe

Leilane Teixeira

Por Leilane Teixeira

02/10/2025 - 17:45 h
Marcelo trabalhava como estofador em Paripe
Marcelo trabalhava como estofador em Paripe -

Quase dez dias após a morte de Marcelo de Oliveira Brandão, de 47 anos, assassinado a tiros em Paripe sob a suspeita de estupro, uma série de mistérios e versões distintas ainda cercam o caso.

Pela primeira vez após o crime, a companheira do estofador, Natáli Luiz, se pronunciou sobre o ocorrido. Em entrevista ao Portal A TARDE, ela detalhou a “fake news” criada sobre o companheiro, revelando conflitos familiares e um possível envolvimento dos próprios irmãos de Marcelo.

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“Não houve estupro, e já levei à polícia todas as provas da inocência dele nesse ponto. A acusação foi baseada em fake news; inclusive, usaram uma montagem de foto antiga para difamá-lo. Pegaram uma foto da ex-companheira dele, quando ela tinha 8 anos, e colocaram ao lado de uma foto dele, insinuando que ele teria abusado de uma criança recentemente”, disse Natáli.

Segundo ela, a jovem envolvida na imagem já é adulta e o relacionamento com Marcelo, à época, foi consensual.

“Ela tinha 15 anos quando se envolveram. Foi aceito pela família, inclusive pela própria garota, que até hoje afirma nunca ter sido violentada. A avó dela, no entanto, nunca aprovou a relação. Depois que ele começou a se relacionar comigo, ela fez a denúncia de estupro, dando início a toda essa história.”

Foto utilizada nas redes sociais
Foto utilizada nas redes sociais | Foto: Redes sociais

Natáli relata que Marcelo teve um relacionamento de 15 anos com a avó da então menina e que Após uma “traição” da avó, eles se separaram.

Natáli relata que Marcelo teve um relacionamento anterior com a avó da jovem, que durou 15 anos. Após uma separação conturbada - envolvendo traição da avó -, ele teria iniciado o namoro com a neta. O que, segundo Natáli, gerou forte rejeição por parte da ex-companheira.

“Na época, a neta foi até Marcelo, dizendo que ele não merecia passar por aquilo. Então eles se aproximaram e mantiveram um relacionamento consensual, aceito por todos, exceto pela avó, que nunca concordou. A situação se agravou ainda mais depois que ele terminou com a neta e ficou comigo".

A avó nunca aceitou que ele seguisse a vida e foi até à delegacia inventar que ele havia estuprado a neta
Natáli Luiz, companheira de Marcelo

De acordo com ela, na época da denúncia, ambos compareceram à delegacia juntos e apresentaram provas que, segundo ela, demonstravam a inexistência do estupro.

“Cabe à investigação policial, conduzida pelo delegado responsável, convocar Bianca [neta], sua mãe e sua avó para prestarem esclarecimentos sobre os fatos manipulados que tentaram condenar meu marido à morte”.

Imagem ilustrativa da imagem Fake news e herança: morte de estofador suspeito de estupro tem novos detalhes
| Foto: Arquivo pessoal

Disputa por patrimônio

Além das acusações falsas, Natáli relatou uma disputa por bens patrimoniais. Marcelo possuía casa própria – que foi incendiada um dia depois –, uma oficina equipada com máquinas de alto padrão, e um patrimônio avaliado em mais de R$ 150 mil, além de seguros de vida.

Embora não afirme categoricamente que os irmãos de Marcelo tenham envolvimento direto na morte, ela não descarta a possibilidade de interesse da família pelo patrimônio do marido.

“Eles [os irmãos] agiram de forma estranha o tempo todo. Antes mesmo de retirarem o corpo, levaram a carteira dele com os celulates, cartões de crédito, tentaram usar os cartões e demonstraram interesse nos seguros de vida. Após a morte, eles não me deixaram participar do enterro, inventaram que eu estava foragida e me trataram com arrogância e tom ameaçador. Depois da morte, inclusive, a casa foi incendiada com todos os bens dentro".

Não posso afirmar com certeza, mas também não descarto que possa ter havido um plano entre a família dele e a avó da menina

Cooperação da Justiça

Natáli afirma que, após o ocorrido, se apresentou à delegacia e prestou todos os depoimentos, negando estar “foragida”.

“Apesar de minhas inúmeras tentativas de contato por mensagens e áudios via WhatsApp para saber sobre o funeral de Marcelo, fui ignorada. Eles o enterraram sem me comunicar e, em paralelo, iniciaram uma campanha difamatória contra mim na imprensa. Mas compareci à delegacia, e meu afastamento físico ocorreu sob recomendação do delegado, para garantir minha segurança, já que recebi ameaças e fui informada de que poderia ser o próximo alvo dos assassinos”.

Agora, Natáli luta para provar a inocência do companheiro e pede que a justiça seja feita. “Acredito que tudo isso tenha ocorrido por interesses pessoais e familiares, mas não posso entrar em detalhes. Meu foco é mostrar a inocência dele; o resto está nas mãos da Justiça”.

O Portal A TARDE procurou a Polícia Civil e aguarda detalhes da investigação.

Relebre o crime

Marcelo foi assassinado no dia 22 de setembro em seu depósito, no bairro de Paripe. Ele era acusado de envolvimento em um caso de estupro contra uma criança, o que teria levado à sua execução pelo chamado “tribunal do crime”.

Marcelo foi assassinado com cerca de 20 disparos e morreu no local. Um dia depois, a casa dele e o depósito foram incendiados.

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Tags:

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