FALSAS PROMESSAS
Justiça revoga prisão de Nanan Premiações e de outros 25 investigados
Suspeitos foram presos em investigação contra lavagem dinheiro para o tráfico de drogas por meio de sorteios ilegais
Por Redação/ Portal Massa!

A Justiça da Bahia determinou a soltura do rifeiro José Roberto Santos, conhecido como Nanan Premiações, e do influenciador digital Ramhon Dias, na quarta-feira, 13. Eles são suspeitos de lavar dinheiro para o tráfico de drogas, por meio de sorteios ilegais. As prisões ocorreram no dia 9 de abril, quando foi deflagrada a Operação Falsas Promessas na Bahia.
Em maio, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou 37 suspeitos de envolvimento com exploração de rifas ilegais à Justiça. Entre os denunciados, estão o policial militar Lázaro Andrade, conhecido como Alexandre Tchaca, e o influenciador digital Franklin Reis, também presos na segunda fase da operação.
Revogação das prisões
No processo, ao qual o Portal MASSA! teve acesso, o juiz Waldir Viana Ribeiro Junior justificou a revogação das prisões após indicar que os réus estavam detidos há quase um ano, sem que o atraso no andamento do processo fosse causado pelas defesas. A decisão ainda reforça que todas as diligências aconteceram “dentro da lei”, com participação do Ministério Público da Bahia (MP-BA), e que as defesas terão acesso completo aos documentos para garantir o direito de resposta.
Além disso, a decisão permite o uso de todas as provas obtidas em interceptações telefônicas, buscas e apreensões e outras medidas cautelares, garantindo que o processo continue mesmo com os réus respondendo em liberdade. Com isso, serão expedidos alvarás de soltura clausulados, com restrições específicas definidas pela Justiça para cada acusado.
Uma das razões que motivou as revogações foi o excesso de prazo, mas a determinação ocorreu também aconteceu porque, com a autorização do MP para usar provas de outro processo, era preciso garantir que os acusados pudessem se defender e responder a todas as acusações, considerando a quantidade e a complexidade desse material.
Outras 25 pessoas tiveram a soltura determinada pela Justiça na quarta-feira. São elas:
- Victor da Silva Moreira Paulo
- Daiane Conceição da Silva Pinho
- Igor Carneiro Correia
- Elaine Marcia Nascimento Santos
- Marcos David Nascimento
- Círio José Lourenço
- Paulo César Carvalho Nascimento
- Gabriel de Amorim Fonseca
- Emanuele de Castro Souza
- Neide Naura Cedro de Souza
- Julierme Inácio dos Santos
- Michael Ribeiro da Silva
- Marcelo Rodrigues Azevedo
- Wanderson David de Oliveira
- Washington Luiz Pereira Netto
- Daniel Alves da Silva
- Josemário Aparecido Santos Lins
- David Mascarenhas Alves de Santana
- João Nilton Lima Laurentino
- Jefferson Pereira Da Silva
- Jamile Nunes Santana
- Jorge Vinícius de Souza Santana Piano
- Joabe Vilas Boas Bonfim
- Flávio Andrade de Azevedo
- Adílson Prazeres Barbosa
Como esquema funcionava
As investigações revelam que a estrutura do esquema era composta por diversos núcleos interligados, com funções específicas, que operavam de forma articulada e organizada.
Esses núcleos mantinham uma relação constante de cooperação, compartilhando recursos financeiros, logísticos e operacionais, o que caracteriza um verdadeiro consórcio criminoso.
O MP-BA destacou ainda que os sorteios das rifas clandestinas eram frequentemente manipulados, com o intuito de manter os prêmios dentro da própria organização criminosa.
O lucro obtido era reinserido na economia formal por meio de transferências bancárias, movimentações em dinheiro vivo e registros falsos em empresas fantasmas.
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