POLÍCIA
Mulher é presa por planejar morte do irmão e do cunhado
Polícia aponta que suspeita queria herdar seguro de R$ 380 mil e patrimônio milionário

Por Isabela Cardoso

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu uma mulher suspeita de ter planejado a morte do próprio irmão e do cunhado para ficar com um seguro de vida de R$ 380 mil e um patrimônio avaliado em cerca de R$ 1 milhão.
O crime ocorreu em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, e veio à tona após investigações revelarem indícios de envenenamento.
As vítimas, Everaldo Gregório de Souza, de 60 anos, e o americano Thomas Stephen Lydon, de 65, viviam juntos há cerca de três décadas. Ambos morreram em junho deste ano, e, inicialmente, as mortes foram tratadas como naturais. Thomas teria falecido em decorrência de um câncer de pele, e Everaldo, após um suposto coma alcoólico.
Família desconfiou das mortes e pediu exumação
Um mês após os falecimentos, familiares começaram a desconfiar das circunstâncias. Eles afirmaram não ter sido avisados sobre nenhuma internação nem sobre os enterros.
Diante das suspeitas, os corpos foram exumados, e exames periciais apontaram a presença de fenobarbital, medicamento controlado que, em altas doses, pode causar intoxicação e levar à morte.
Beneficiária e manipulação de documentos
Segundo a polícia, a irmã de Everaldo, cujo nome não foi divulgado, havia sido incluída como beneficiária vitalícia do patrimônio do irmão cerca de um mês antes das mortes. Além disso, um amigo do casal também foi preso, acusado de participar do crime e de falsificar documentos para obter vantagens financeiras.
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Durante as investigações, os agentes encontraram receitas médicas e carimbos falsificados, procurações suspeitas e tentativas de transferência da casa das vítimas para terceiros.
A procuração concedia ao cúmplice poderes para representar Everaldo, inclusive impedindo o acesso da família aos prontuários médicos.
Justiça bloqueia bens dos suspeitos
Com o avanço das apurações, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 1,5 milhão em ativos financeiros e restrição sobre veículos registrados em nome dos suspeitos. O objetivo é recuperar o patrimônio que teria sido acessado de forma fraudulenta após as mortes.
A Polícia Civil segue com as investigações para identificar se outras pessoas participaram do esquema e se houve planejamento prévio ou tentativa de ocultar provas.
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