POLÍCIA
Polícia ocupa Recôncavo baiano em ação contra facção e apreende arsenal de guerra
Megaoperação cumpre mais de 30 mandados em Maragogipe e mira grupo ligado a homicídios, sequestros e tráfico

Por Luan Julião

A manhã desta quarta-feira, 10, começou com um grande aparato policial tomando as ruas de Maragogipe e de municípios vizinhos no Recôncavo baiano. Batizada de Operação Recôncavo, a ofensiva reuniu mais de 200 agentes de diferentes forças de segurança do Estado para desarticular um grupo criminoso apontado como responsável por uma sequência de homicídios, sequestros, torturas e tráfico de drogas na região, especialmente no distrito de Nagé.
A ação, considerada uma das maiores já deflagradas recentemente no interior da Bahia, teve como foco o cumprimento de mais de 30 mandados judiciais decorrentes de uma investigação conduzida pela 4ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Santo Antônio de Jesus).
O inquérito mapeou a atuação de uma facção que, segundo a polícia, vinha impondo terror à população com execuções, disputas territoriais e práticas de extrema violência.
Durante o cumprimento dos mandados, três homens foram presos. Outros três suspeitos, ainda de acordo com a polícia, resistiram à abordagem, foram atingidos e socorridos, mas não resistiram.
Arsenal de guerra e drogas apreendidas
As equipes localizaram um verdadeiro arsenal que, segundo os investigadores, abastecia o grupo para a prática de crimes na região. Entre o material apreendido estão:
- 3 fuzis calibre 5,56, com carregadores e 118 munições
- Carabina calibre .40
- Pistola 9 mm e submetralhadora 9 mm
- 130 munições calibre 9 mm
- Granada
- 1,5 kg de maconha, 800 g de cocaína e 41 pedras de crack
- Porções variadas de entorpecentes
- 14 celulares
- Duas motocicletas
- Roupas camufladas
- Uma espada e uma machadinha, citadas nas investigações como instrumentos usados em decapitações e outros crimes violentos atribuídos ao grupo.
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A polícia também recolheu carregadores de fuzis e pistolas, além de outros itens que serão submetidos à perícia pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), que instalou uma base móvel na área da operação.
Força integrada no terreno
Além da 4ª Coorpin, participaram da operação unidades especializadas da Polícia Civil, como o Departamento de Polícia do Interior (Depin), o Grupo de Apoio Técnico e Tático à Investigação (Gatti/Leste), a Diretoria Regional de Polícia do Interior (Dirpin/Leste) e equipes da Core.
Pelo lado da Polícia Militar, o efetivo envolveu a CIPE Litoral Norte, CIPE Recôncavo, as 27ª e 85ª CIPMs, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), o Graer, o Patamo, além de guarnições operacionais da região.
Operação continua
As ações seguem em andamento ao longo do dia, com novas diligências, interrogatórios, perícias e buscas para identificar outros integrantes da organização criminosa e aprofundar a análise dos materiais apreendidos. A expectativa é que a ofensiva gere novos desdobramentos e fortaleça o enfrentamento às facções que atuam no interior da Bahia.
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