COMBATE AO TRÁFICO
Werner fala sobre megaoperação no Rio e reforça combate às facções
Mais de 60 pessoas morreram em megaoperação contra o CV no Rio de Janeiro

Por Leilane Teixeira

O secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Marcelo Werner, lamentou as mortes registradas durante a megaoperação das polícias Militar e Civil do Rio de Janeiro, realizada nesta terça-feira, 28, que deixou mais de 60 mortos nos complexos do Alemão e da Penha.
Entre as vítimas unocentes, estão quatro policiais mortes três moradores baleados “Quero me solidarizar com as famílias dos policiais e das pessoas que foram vítimas ao longo dessa operação”, declarou Werner em entrevista ao Panorama da Bahia.
O secretário destacou ainda que a Bahia tem reforçado o enfrentamento às facções criminosas e mantém colaboração constante com forças de segurança de outros estados. “Trabalhamos incansavelmente no combate às facções. Isso envolve não apenas a apreensão de armas e drogas, mas também a identificação e alcance de lideranças que atuam fora do estado”, explicou.
Monitoramento
A ação, batizada de Operação Contenção, faz parte de uma iniciativa do Governo do Estado para combater a expansão territorial do CV e prender lideranças criminosas que atuam no Rio e em outros estados.
Até a noite desta terça-feira, 28, foram:
- 64 mortos, sendo 60 criminosos e 4 policiais
- 81 presos
- 93 fuzis apreendidos
Entre os criminosos, no mínimo dois deles eram da criminosos famosos na Bahia:
- Júlio Souza Silva, de 26 anos - morreu na açao. Ele era traficante do CV no Nordeste de Amaralina e cumpria pena em regime semiaberto
- Robert da Silva de Jesus, vulgo 'Siri' - foi preso na ação. Ele era de Lauro de Freitas e de acordo com informações preliminares, seria um dos gerentes do tráfico no RJ.
Werner confirmou que a polícia baiana já monitorava a presença de criminosos locais no Rio de Janeiro e trocou informações com a inteligência fluminense durante a operação.
“Sabíamos que algumas lideranças envolvidas em crimes violentos na Bahia estavam em comunidades que foram alvo da operação. Continuaremos colaborando na identificação dos mortos e presos, fortalecendo o trabalho conjunto entre os estados”, afirmou.
Ações na Bahia
Questionado sobre a possibilidade de operações de grande porte em Salvador, especialmente em regiões como o Nordeste de Amaralina, Werner evitou citar bairros. “Prefiro não mencionar comunidades, porque a maioria das pessoas que vive nelas é formada por cidadãos de bem. Menos de 5% estão envolvidos com a violência”, disse.
O secretário garantiu, contudo, que as ações policiais seguirão firmes em todo o estado. “Somente este ano, realizamos mais de 300 operações na capital e no interior, sempre com base em inteligência e com todos os recursos disponíveis. Não deixaremos de agir em nenhum ponto da Bahia”, concluiu Werner.
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