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Agente da Abin é demitido após vazar dados do caso Flávio Bolsonaro

A apuração interna da agência apontou que o material foi usado em uma reportagem

Publicado sexta-feira, 02 de fevereiro de 2024 às 15:13 h | Atualizado em 02/02/2024, 16:17 | Autor: *Da Redação
Um servidor da Abin teria atuado para “blindar” Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas
Um servidor da Abin teria atuado para “blindar” Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas -

O agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Cristiano Ribeiro foi demitido após uma apuração interna apontar vazamento de dados sigilosos usados em reportagem sobre um servidor do órgão que, segundo a matéria, teria atuado para “blindar” Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas. As informações são do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.

Segundo informações da coluna, o agente teria fotografado a tela de seu computador na Abin e enviado para pessoas que não eram ligadas à Abin, durante o governo Bolsonaro (PL). Antes de ser demitido, o agente foi alvo de operação de busca e apreensão pela Polícia Federal (PF), que apreendeu seus aparelhos eletrônicos.

Leia mais: Em carta a Lula, servidores da Abin pedem distância de políticos

O material em questão, vazado pelo agente, se tratava de um organograma do Centro de Inteligência Nacional (CNI) da Abin, com fotos e nomes dos servidores titulares de cada coordenação e seus respectivos substitutos. O CNI tem a atribuição de acompanhar “assuntos de inteligência estratégica”.

A apuração interna da Abin apontou que o material foi usado em uma reportagem do site “Intercept Brasil” publicada em dezembro de 2020. Os jornalistas ouviram uma fonte da Abin, que afirmou que tanto ela quanto seus colegas “desconfiavam” de que o policial federal Marcelo Bormevet, teria produzido relatórios para blindar Flávio no caso das rachadinhas.

Na época do acontecimento, Bormevet era coordenador-geral de Credenciamento de Segurança e Análise de Segurança Corporativa no CNI. Até a sexta-feira, 26, ele atuava como delegado de carreira da PF. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou seu afastamento por ser investigado no âmbito da suposta “Abin paralela”.

'Abin Paralela'

Desde 25 de janeiro deste ano, a Polícia Federal (PF) investiga atuação e monitoramento ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo apuração, agentes internos teriam espionado figuras políticas e jurídicas como Marielle Franco, Alexandre de Moraes e tentado interferir em investigações em benefício a família Bolsonaro.

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O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), e outros ex-integrantes da gestão, foi um dos alvos da operação que investiga a também conhecida 'Abin Paralela'. 

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