"EFEITO RETROATIVO"
AGU recorre de decisão do TCU que pode inocentar Bolsonaro
Órgão contesta decisão que permitiu que presidente Lula não devolvesse relógio de ouro recebido no 1º mandato
Por Da Redação
A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou recurso contra o entendimento adotado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que pode abrir brechas para inocentar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no caso das joias sauditas.
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No documento, a AGU contrapõe o entendimento da Corte, que considera que eventuais presentes recebidos pelos presidentes da República, no exercício do mandato, não são bens públicos, e sim itens privados, até que seja criada uma lei para disciplinar a matéria.
A decisão do TCU, proferida no dia 7 de agosto, está relacionada ao caso do relógio de ouro do presidente Lula (PT), recebido ainda em seu primeiro mandato pela grife francesa Cartier, avaliado em R$ 60 mil na época. A representação para analisar o assunto foi encaminhada pelo deputado Sanderson (PL-ES).
Para a AGU, no entanto, o entendimento da Corte de Contas “viola o interesse público, afronta os princípios da razoabilidade e da moralidade administrativa e causa danos ao patrimônio cultural da União”.
No pedido de reexame, o órgão ainda argumenta que a decisão do TCU pode causar um efeito retroativo, resultando na devolução de presentes já incorporados ao patrimônio da União aos ex-presidentes da República.
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