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Ausência de secretário gera impasse na reunião entre vereadores e APLB
Encontro marcado para esta segunda-feira, 15, foi adiado para próxima semana

Por Gabriela Araújo

Se antes era consenso, a reunião entre os vereadores de Salvador e a APLB Sindicato foi embargada na Câmara Municipal da cidade (CMS) após um pedido de comunicação inadiável do vereador Ricardo Almeida (DC), em sessão ordinária desta segunda-feira, 15.
Isso porque o edil, que ocupava a Mesa Diretora do Legislativo, recorreu aos microfones da casa para questionar a tramitação da reunião sem a presença do secretário da Educação (SMED), Thiago Dantas.
"O secretário de Educação viria a esta casa explicar os pontos do projeto e [a presença] da APLB. Isso foi uma exigência dos líderes partidários da Casa, portanto, dos 43 vereadores. Então, o secretário [Alexandre] Tinoco será muito bem-vindo, e que está aqui também para trazer explicações. Porém, no dia 22 de maio, tivemos problemas para apreciação do projeto", iniciou Almeida, que continuou:
"[Houve] uma incompreensão por parte da APLB, que jogou no colo do secretário Thiago Dantas a responsabilidade de fazer um projeto em desacordo a eles. Por isso, solicitamos que o secretário estivesse para que essas dúvidas não permanecesse e não houvesse a repetição do dia 22 de maio. [...]. Eu acredito que não devemos abrir mão da vinda do secretário aqui nesta casa
O pedido forçou o presidente Carlos Muniz (PSDB) a abrir uma nova votação, desta vez, em plenário, pelo colégio de líderes. A questão, por sua vez, iniciou um embaraço no Paço Municipal, apresentando um embate no placar para a realização encontro.
“Se os líderes decidirem convocar, a gente convoca. Se os vereadores deciderem fazer um convite, nós fizemos. A Casa é dos vereadores quem decide são os vereadores", disse Muniz.
O chefe do Paço Municipal ainda explicou o motivo para abertura da votação pelo colégio de líderes, em que participa os vereadores de cada partido designado para assumir a liderança da sigla na CMS.
Não estou aqui sendo a favor de A ou B, quando as pessoas se sentem beneficiadas votam de uma forma, quando se sentem prejudicadas, querem votar de outra. Eu sempre votei da mesma forma. Por isso, que estou fazendo pelo colégio de líderes
Em seguida, ele complementou: "Nenhum dos líderes mais serão consultados para nenhuma reunião desse tipo. Será feita com qualquer secretário no lugar de outro”, disse o chefe do Legislativo após a votação.
A declaração do chefe do Legislativo deve-se à presença apenas do titular da Gestão, Alexandre Tinoco, que apresentaria as explicações sobre o projeto, o que causou a contrariedade entre os edis.
Mesmo com o aval dos líderes do governo e da oposição, vereadores Kiki Bispo (União Brasil) e Aladilce Souza (PCdoB), respectivamente, concordarem por manter o encontro, a reunião foi adiada para a próxima segunda-feira, 22, como contou Kiki ao Portal A TARDE.
O encontro, que estava marcado para esta tarde, tinha o intuito de discutir com os professores e os titulares da Educação e Gestão para debater o projeto enviado pelo Executivo, que findou a greve da categoria.
A expectativa é que o novo projeto seja votado na próxima semana, se a reunião entre APLB, secretários e vereadores, avançar para um consenso.
Entenda a proposta da prefeitura aos professores
A proposta, que é resultado do acordo com a APLB Sindicato, prevê gratificações de Aprimoramento Profissional e Otimização do Tempo, com valores que variam de 2,5% a 25% do vencimento-base.
O documento, por sua vez, retornou ao Executivo para um novo ajuste. Desde então, a matéria segue sendo apreciada pelos vereadores.
Invasão dos servidores à CMS
Os vereadores Sidninho (PP) e Maurício Trindade (PP) foram hostilizados por sindicalistas durante a sessão extraordinária da Câmara Municipal de Salvador, na tarde de quinta-feira, 22 de maio, que discute o reajuste salarial dos servidores do município.
O grupo, que acompanha os trâmites da votação no plenário da Casa, tentou impedir o acesso da imprensa, pouco antes da sessão. Em seguida, os servidores municipais invadiram a sala onde ocorre a sessão, no Centro de Cultura da Câmara Municipal, sede provisória do legislativo.
Maurício Trindade, 1º vice-presidente da Casa, chegou a entrar em luta corporal com um dos servidores, sendo agredido. O vereador Sidninho foi mordido no braço na mesma confusão, na sequência.
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