BAHIA
Alba aprova Comenda 2 de Julho para diretor de Ainda Estou Aqui
Walter Moreira Salles deve receber a mais alta honraria da Assembleia Legislativa da Bahia
Por Lula Bonfim

O cineasta carioca Walter Moreira Salles Júnior, diretor do filme “Ainda Estou Aqui”, receberá em breve a Comenda 2 de Julho, mais alta honraria concedida pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). A homenagem foi aprovada por unanimidade na sessão do plenário desta terça-feira, 6.
Walter Salles ficou conhecido internacionalmente após dirigir o filme “Central do Brasil”, de 1998, no qual a atriz Fernanda Montenegro se destacou. Naquela oportunidade, a produção brasileira disputou o Oscar de melhor filme estrangeiro, mas acabou sendo derrotado.
Em fevereiro de 2025, porém, o trabalho de Salles foi reconhecido internacionalmente com a maior conquista da história do cinema brasileiro, com o Oscar de melhor filme estrangeiro para “Ainda Estou Aqui”.
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A proposta de concessão da comenda a Walter Salles foi idealizada pela deputada estadual Maria Del Carmen (PT), visando homenagear o diretor “por sua contribuição para o desenvolvimento da Cultura e do Cinema Brasileiro e, sobretudo, sua defesa pela democracia”.
Quem é Walter Salles
Nascido no Rio de Janeiro em 12 de abril de 1956, Walter Moreira Salles Júnior é um bilionário brasileiro, filho do banqueiro mineiro Walther Moreira Salles com Elisa Gonçalves. Ele é irmão do documentarista João Moreira Salles e do banqueiro Pedro Moreira Salles, além de meio-irmão do empresário Fernando Roberto Moreira Salles.
Atualmente, Walter Salles é considerado o terceiro cineasta mais rico do mundo, segundo publicação da revista Forbes. Com um patrimônio líquido estimado em 4,4 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 25,1 bilhões), ele fica atrás apenas de Steven Spielberg (5,3 bilhões de dólares) e George Lucas (5,2 bilhões de dólares).
O seu primeiro longa-metragem foi “A Grande Arte”, de 1991. De lá para cá, ele foi diretor, produtor ou roteirista de outros 15 longas, com destaque para “Central do Brasil” (1998), “Cidade de Deus” (2002), “Diários de Motocicleta” (2004) e “Ainda Estou Aqui” (2024).
Na televisão, Salles estreou antes, com a série “Japão: Uma Viagem no Tempo”, de 1986, dando o “start” para chegar ao cinema, com os documentários “Krajcberg: O Poeta Dos Vestígios” (1987), “Marisa Monte” (1988) e “Chico, ou O País Da Delicadeza Perdida” (1989).
Foi com “Central do Brasil” que ele conseguiu seus primeiros grandes prêmios, passando pelo Urso de Ouro do Festival de Berlim, em 1998, e pelo Globo de Ouro de melhor filme em língua estrangeira, em 1999. Mas nada foi mais comemorado no país que o Oscar, alcançado em março de 2025, por “Ainda Estou Aqui”.
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