ACORDO
Governo da Bahia estuda mercado do hidrogênio verde
Parceria com o Ineep promoverá esforços conjuntos para subsidiar estado estruturação do mercado de hidrogênio
Por Flávia Requião e Lula Bonfim
Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), e o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) assinam nesta segunda-feira, 10, um acordo de cooperação técnica que tem por objetivo promover esforços conjuntos para subsidiar o estado da Bahia na estruturação do mercado local de hidrogênio verde e avançar na transição energética para uma economia de baixo carbono de forma sustentável e justa.
O compromisso será firmado durante o “Workshop Bahia, Estado Sede do Refino Verde para o Mundo”, organizado de forma conjunta pela SDE, Ineep, Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), com apoio do Grupo de Comunicação A TARDE. O evento ocorre de 9h às 19h, na sede da FIEB.
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"O workshop de hoje é um exemplo de uma parceria do Ineep com a Secretaria de Desenvolvimento [Econômico] aqui da Bahia, para pensar o futuro da indústria energética verde aqui na Bahia, que é um estado que tem um potencial gigantesco na produção de energia renovável, seja a partir da energia solar ou eólica, e que tem no hidrogênio verde um insumo energético que pode colocar a Bahia como protagonista na geração de energia descarbonizada ou de baixo carbono. Não só para a indústria e para a matriz energética brasileira, mas para o mundo também”, declarou o diretor técnico do Ineep, Mahatma Ramos dos Santos, em conversa com o Portal.
Nordeste
Para José Sérgio Gabrielli, pesquisador do Ineep, reforçou a relevância do seminário e o resultado que o evento pode ter.
“Estamos falando de um seminário muito importante, que reúne várias empresas e representantes do governo para discutir um setor novo da economia brasileira e da economia baiana. Esse setor na Bahia, tem tudo para crescer. Nós temos água, vento, sol, capacidade de produção eólica e solar, temos transmissão para aqui dentro, um polo petroquímico adaptado, temos dutos para transportar amônia e ureia, mas nós não podemos só exportar sol, vento e água.”
“É preciso adicionar valor, então, além do hidrogênio [verde], nós vamos ter que produzir amônia, vamos ter que produzir metanol e vamos ter que produzir os derivados. A partir daí, produzir querosene de aviação, produzir gasolina e produzir diesel. Então esse processo de adicionar valor é um processo fundamental para você criar uma indústria nova. Mas é coisa nova. As decisões devem ser em 2025, 2026, e isso vai começar a operar provavelmente em 2028, 2029”, afirmou ao Portal A TARDE.
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