ALBA
Hilton Coelho revela que votará contra PEC da Reeleição
Após acordo entre as bancadas, a proposta segue para apreciação dos deputados nesta terça-feira
Por Gabriela Araújo e Lula Bonfim
Após acordos entre as bancadas do governo e oposição, os deputados estaduais se reúnem nesta terça-feira, 19, no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) para votarem a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reeleição, que tenta viabilizar um terceiro mandato do presidente Adolfo Menezes (PT) no Legislativo.
Como de costume, o deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) anuncia que irá de encontro a decisão dos colegas de Parlamento e votará contra a matéria na Casa.
“Nós não fazemos parte de acordo nenhum, vamos votar contrariamente. Essa proposta de texto [atual] é uma proposta que vigorava naquele período em que se tentou com sucesso garantir que um presidente não se perpetuasse por décadas”, disse o parlamentar à imprensa.
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Hilton ainda considera a votação do texto como retrocesso para o estado, tendo em vista que a nova legislação que está em vigor, proposta pelo próprio Menezes, em 2017, tem o objetivo de evitar a perpetuação de um mesmo legislador no cargo mais alto da Alba.
“Não tem porque a Bahia voltar ao texto anterior, um texto, inclusive, que foi negado pelo próprio presidente. Nós não estamos entendendo porque ele quer voltar a esse texto. Então, não vai contar com o nosso voto”, destacou o deputado estadual.
O político ainda sinalizou para a possibilidade do PSOL lançar uma candidatura própria para concorrer à presidência da Casa para o biênio 2025-2027.
“A candidatura do PSOL sempre acontece porque nós temos muita divergência com a condução da Casa. A começar pela relação com a sociedade civil, nós defendemos, por exemplo, o orçamento participativo deliberativo, com a participação da imprensa, representação do Ministério Público [...]”, relatou.
“Discutindo como essa Casa fará a gestão do recurso para ela cumprir o seu papel de ser um grande espaço de debate político da Bahia, dos grandes temas”, acrescentou o psolista.
Defensor de uma gestão mais democrática, Hilton ainda pontuou que a Casa tem capacidade de se tornar ainda maior, se atender a toda a sociedade civil.
“Isso depende da condição realmente democrática, que ouça a sociedade, e isso não acontece. Além disso, tem situações internas, a desvalorização dos servidores, a ausência da convocação dos concursados, o funcionamento das comissões, o respeito aos diversos partidos aqui nessa casa. [...]. É muita coisa para o PSOL dizer que essa é a condução que contempla a nossa visão de ter uma gestão que abre espaços democráticos para a população”, concluiu.
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