ISSO É BAHIA
Lídice espera rigor implacável contra Daniel Alves e outros condenados
PL de autoria da deputada que aborda violência contra a mulher foi aprovado esta semana
A vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Lídice da Mata (PSB-BA), foi entrevistada pelo programa Isso É Bahia, da rádio A TARDE FM (103.9), na manhã desta sexta-feira, 8, o Dia Internacional da Mulher.
Na entrevista, a deputada federal baiana falou sobre o Projeto de Lei 754/23, de sua autoria, que foi aprovado no plenário esta semana e que prevê a divulgação de canais de atendimento à mulher vítima de violência no programa de rádio Voz do Brasil.
"É fundamental prevenir. Informar para onde as mulheres precisam se dirigir. Isso é possível fazer em um dos programas de rádio de maior alcance", argumentou Lídice.
O texto segue para o Senado e teve a deputada Gisela Simona (União Brasil-MT) como relatora. "Apesar das desigualdade, a Voz do Brasil chega aos mais distantes locais", continuou.
Outros assuntos comentados por Lídice foram a recente condenação de Daniel Alves por estupro, na Espanha, e a escolha do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) para presidir a Comissão de Educação da Câmara.
"No Brasil, há uma grande dificuldade de se ter a condenação moral da sociedade, que é fundamental. Basta comparar com o que aconteceu com o goleiro Bruno, que apesar de condenado e cumprir pena, alguns segmentos o tratam até como um mito", disse a deputada.
Lídice enxerga que, mais do que leis, a mudança precisa vir na mentalidade da população. "São valores que não são fáceis de se modificar. Precisamos condenar moral e eticamente. É preciso que essa condenação seja implacável para que nós possamos construir atitudes diferentes nos homens e mulheres brasileiros", justificou.
"Antigamente, se tinha a permissão para o marido matar a mulher desde que ele tivesse ferido sua honra. A visão da sociedade é que ele poderia fazer isso. Isso está no imaginário de muitos homens. Se você for reparar os últimos crimes, ou os crimes que acontecem no cotidiano, em relação a isso, você vai sentir que há uma condenação mais explícita da sociedade e da imprensa", continuou.
Sobre Nikolas assumir a presidência da Comissão de Educação da Câmara, Lídice nega que o problema seja o posicionamento político divergente e citou como exemplo Kim Kataguiri (União Brasil-SP), que chefiou o mesmo colegiado em 2022.
"O problema de Nikolas não é ser de direita. É ser desrespeitoso", afirma Lídice, citando caso em que o parlamentar mineiro expôs uma estudante trans de 14 anos de idade.
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