QUEBRA DE ACORDO
Manutenção de Paulo Magalhães na CCJ não foi comunicada a Tinoco
Vereadores haviam firmado acordo para alternar cadeira do colegiado nesta legislatura
Por Gabriela Araújo
Em movimento astuto, o vereador Paulo Magalhães Jr. (União Brasil) foi reconduzido ao comando da Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final (CCJ) na Câmara Municipal de Salvador (CMS). A consagração aconteceu na tarde desta quarta-feira, 28, durante a reinstalação das comissões, que ocorreu após a sessão ordinária da Casa.
A recondução de Paulo a cadeira, do considerado mais importante colegiado do Legislativo, contudo, é vista nos bastidores como um ato de traição. Isso porque, o edil teria dado a sua palavra de que alternaria a presidência com o vereador Claudio Tinoco, do mesmo partido, após o parlamentar ceder a queda de braço para ocupar a vaga na última legislatura, em 2023.
Procurado pelo Portal A TARDE, Tinoco confirmou que o seu correligionário, que teve o nome publicado em edição extra do Diário Oficial do Legislativo (DOL), na segunda, 27, quebrou o acordo e não o procurou para tratar sobre o tema.
“Não houve diálogo com Paulo [sobre a recondução dele para a CCJ]. Havíamos firmado um acordo, mas não foi cumprido. O presidente [Carlos Muniz (PSDB)] falou comigo, mas Paulo não”, disse.
Sem citar o rompimento entre as partes, o vereador Paulo Magalhães Jr. afirmou que a sua recondução deve-se aos dois anos de mandato que todo o presidente do colegiado voltou a ter na Casa, após o fim da manobra feita pelo ex-presidente da CMS, Geraldo Júnior (MDB).
“Na verdade, o que existe é que a Casa voltou a sua normalidade. Os mandatos das comissões sempre foram de dois anos e vai ser mantido. O presidente Carlos Muniz (PSDB) consultou a Procuradoria da Câmara e manteve o mandato de dois anos, foi só isso. A recondução só está sendo feita para manter a praxe”, destacou ao portal, sem fazer referência a Tinoco.
Entenda
Pelo entendimento dos edis seria realizada uma dança das cadeiras, isto é, Tinoco deixaria neste ano, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Relações Internacionais, para presidir a CCJ, e Paulo assumiria este colegiado.
Como citado, a mudança se deu depois de Tinoco ceder a cadeira desejada em 2023, após intermédio do presidente Carlos Muniz (PSDB), que também deu "amém" à alternância.
CCJ
A CCJ é uma comissão permanente do Legislativo. Ela é formada por sete membros titulares e dois suplentes.
O presidente deste colegiado é o responsável por designar relatores para os projetos de lei e de indicação que tramitam na Casa, para que referendem pareceres às propostas antes de serem votadas em plenário.
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