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Movimentos de partidos da base de Bruno acendem discussão sobre vice

PDT, Republicanos, PSDB e PP tentam qualificar nomes para compor em possível chapa de reeleição do prefeito

Publicado sexta-feira, 05 de maio de 2023 às 21:31 h | Atualizado em 05/05/2023, 21:37 | Autor: João Guerra
Ana Paula Matos disse que tem direito a seguir como vice em uma possível candidatura à reeleição de Bruno Reis
Ana Paula Matos disse que tem direito a seguir como vice em uma possível candidatura à reeleição de Bruno Reis -

Nos últimos dias, no que diz respeito ao pelito de 2024 em Salvador, políticos da base do prefeito Bruno Reis (União Brasil) têm se movimentado para ocupar a vaga de vice-prefeito na chapa da provável candidatura à reeleição do chefe do Executivo soteropolitano. A especulação sobre o assunto tem crescido a ponto de incomodar a vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT), que ocupa a vaga e também é a titular da Secretaria Municipal da Saúde. 

Questionada sobre o assunto, a pedetista, durante entrevista à rádio BandNews FM, na quinta-feira, 4, disse que tem o direito de permanecer no posto. "Tenho por direito, por história, esse assento no meu partido [PDT] e não acredito que ninguém vai me empurrar da cadeira". Co-partidário da vice-prefeita, o deputado federal Léo Prates, em março, falou da vontade de se eleger prefeito de Salvador em 2028, o que pode sugerir uma “dobradinha” com Bruno Reis em 2024. 

O presidente da sigla, o deputado federal Félix Mendonça Jr.  contudo, disse nesta sexta-feira, 5, que não garante se nem o partido estará na base do prefeito, quanto mais indicar um vice. “Está tudo aberto […] Tudo aberto. Vai discutir a política dois anos antes? A gente não sabe nem se vai estar junto, quanto mais se vai ter vice, quem vai estar na vice”, disse ao site Política Ao Vivo. Em abril, o parlamentar já havia dito que Ana Paula só deixa o posto de vice-prefeita se for para se candidatar a prefeita.

Chegou a vez do Republicanos?

Também no páreo, há o Republicanos, que em 2020 declinou da tentativa de emplacar o vice-prefeito, após pedido do então prefeito ACM Neto (União Brasil) e do então candidato Bruno Reis, para atrair justamente o PDT. 

“É natural que, como parceiros desse trabalho, venhamos a pleitear espaços, e a vice é um desses, porém existem outros ambientes tão importantes quanto e que fazem parte do processo. O prefeito ACM Neto e o vice Bruno Reis nos fizeram um apelo para ceder a vice, tendo em vista a perspectiva de um projeto maior para o coletivo. Temos a convicção de que o prefeito saberá reconhecer o gesto, trabalho, fidelidade e contribuição”, disse, na ocasião, o presidente do partido, Márcio Marinho, em nota.

Atualmente, a sigla ocupa na gestão do Executivo municipal a titularidade da secretaria de Infraestrutura, com o vereador licenciado, Luiz Carlos (Republicanos) e indicou a vice na chapa de Neto, quando ele se candidatou ao governo em 2022.

Muniz e a incógnita de para onde o tucano vai

Outra legenda aliada de primeira hora de Bruno Reis é o PSDB, que, com a chegada do presidente da Câmara, Carlos Muniz, deixa uma incógnita sobre para qual lado irá pender, mas não descarta ser o vice de Bruno. No Legislativo, os três vereadores tucanos, até então, são ferrenhos defensores do prefeito na Casa, mas Muniz já garantiu que sua ida para o PSDB não necessariamente significa uma adesão ao projeto atual e nem se Bruno terá o seu apoio em 2024, mas deixa em aberto qual caminho deverá tomar. 

Muniz é muito próximo do vice-governador, Geraldo Junior (MDB), que já declarou em muitas ocasiões que tem o desejo de governar a capital da Bahia, mas que a sua candidatura só acontecerá se for a vontade do grupo do governador Jerônimo Rodrigues (PT).

"Antes o PSDB não tinha nem como conversar com Jerônimo Rodrigues. E agora, com a minha chegada, tem uma conversa. Hoje eu vejo a possibilidade de haver uma conversa que não aconteceria antes", pontuou ao Portal A TARDE, na sessão ordinária da Câmara na quarta-feira, 3.

O crescimento vertiginoso do PP

Com cada vez mais espaço no governo municipal, o PP foi o partido que mais se fortaleceu em Salvador depois de 2020. Na última eleição municipal, o partido não conseguiu eleger nenhum vereador, e depois de rearranjos partidários com a chegada da legenda na base do prefeito após a sigla romper com o PT em 2022, tem uma das maiores bancadas do Legislativo soteropolitano, com seis vereadores, além de ocupar a pasta, considerada uma “supersecretaria”, com Cacá Leão, na Secretaria de Governo. 

Esse crescimento vertiginoso dos espaços do partido na gestão da capital baiana, faz com que a sigla sonhe com uma posição ainda maior, como disse ao Portal A TARDE, após a sessão da quarta-feira, 3, o líder do Progressistas na Câmara, vereador Leandro Guerrilha, quando perguntado da possibilidade de o partido indicar o vice de Bruno em 2024.

“É o desejo de todo partido fazer parte da composição. Nós já temos Cacá, que ajuda muito Bruno nesta gestão, temos vereadores capacitados para estar em qualquer posição ao lado do prefeito, mas é uma decisão de Bruno (...) eu acredito muito no PP, grandioso que é, é um partido que contribui muito para a nossa cidade. Com seis vereadores, com quatro deputados federais e diversos deputados estaduais espalhados pela Bahia, a gente, com certeza, renovando essa aliança, que é certa, o PP vai ter uma posição de destaque ainda maior na gestão de Bruno Reis”, destacou.

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