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Risco de falta de combustíveis já estampou páginas de A TARDE; veja
Bahia enfrenta nova crise de desabastecimento devido a baixa produção da Acelen
Por Eduardo Dias
O risco iminente de desabastecimento de combustíveis na Bahia depois de Acelen, empresa responsável pela administração e produção nas unidades da Refinaria de Mataripe, admitir que sua produção foi reduzida, fazendo com que o estado possa chegar ao patamar de faltar gás de cozinha, gasolina e diesel, A TARDE relembra outros momentos em que baixa oferta afetou a vida dos baianos e baianas.
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Na memória recente dos baianos, a última vez em que houve um desabastecimento de combustíveis na Bahia foi em 2018, quando ocorreu a greve dos caminhoneiros. À época, a greve afetou também alimentos e gás de cozinha. A manifestação, considerada a maior da história da categoria, começou no dia 21 de maio e durou 10 dias.
No entanto, 27 anos antes, em 1991, ainda na época do Cruzado Novo (Cz$), A TARDE estampava em sua capa do dia 15 de janeiro daquele ano, a manchete “Aprovado plano para economizar os combustíveis”, que fazia parte à época do Plano Collor para "melhorar a economia do país".
Era o início da crise dos combustíveis em 91, com o governo federal sugerindo práticas de contingenciamento e racionamento do uso pela população, com 23 medidas que poderiam ser tomadas em caso de eclosão da guerra no Golfo Pérsico à época
Tais medidas propostas pelo governo também incluíam o disciplinamento do horário e funcionamento dos pólos de combustíveis até o lançamento de campanhas publicitárias com apelos para redução do consumo de energia.
No mesmo ano, dois meses depois, em 12 de março, as consequências do Plano Collor começaram a aparecer e nas páginas de A TARDE com a chamada aviso "Poderá faltar combustível no Estado", mostrando as sequelas devido a uma longa paralisação de funcionários da Petrobras, considerada até então a maior greve de sua história, ocasionando o possível desabastecimento, atrelado a outras greves, como do setor de transportes, e elevações de preços.
Ao final do mês, em 20 de março, as primeiras consequências começam a aparecer, retratadas em "Começa a faltar combustível nas estradas", estamapada na capa de A TARDE.
Com a manutenção da greve dos petroleiros, a Bahia começou a sentir o efeito da paralisação, com a escassez de derivados em vários pontos do país.
Voltando um pouco mais no tempo, para o ano de 1979, a matéria entitulada "Gasolina distribuída pela Shell fica rara nos postos da cidade" traz à tona a situação da época, quando houve uma crise no abastecimento de gasolina naquele ano em Salvador. Na ocasião, havia o risco de que postos de gasolina fechassem seus comércios devido a falta do combustível em suas reservas.
Há registros também de falta de combustíveis no ano de 1980, quando em 21 de setembro foi retratado que a "Falta de combustível prejudica embarcações da rampa do mercado", onde narrava o caso da escassez de óleo diesel nas bombas dos dois únicos postos que abasteciam as lanchas que fazem linhas para a ilha de ltaparica e algumas cidades do Recôncavo, gerando preocupações aos proprietários de embarcações, eslabelecidos na rampa do Mercado Modelo.
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