AGORA É LEI!
Bíblia vira material paradidático nas escolas de Salvador; veja o que muda
Uso do livro em salas de aula foi autorizado pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil)

Por Gabriela Araújo

Uma nova lei sancionada pelo prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), autorizou o uso da Bíblia Sagrada como recurso paradidático nas escolas da cidade, seja ela municipal ou particular.
O que a Bíblia vai ensinar?
A regra permite que os textos bíblicos sejam utilizados para o aprofundamento dos estudantes nos seguintes eixos:
- disseminação cultural;
- histórica;
- geográfica;
- arqueológica.
“As histórias bíblicas utilizadas deverão auxiliar os projetos de ensino correlatos nas áreas de História, Literatura, Ensino Religioso, Artes e Filosofia, em como outras atividades pedagógicas complementares pertinentes”, diz um trecho da nova lei.
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Quem está por trás da proposta?
A medida autorizada por Bruno é fruto do projeto de lei do vereador Kênio Rezende (PRD), ligado à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).
“Não se trata de doutrinação religiosa, mas de uma ferramenta pedagógica que pode ser utilizada em contextos específicos de aprendizado, com a devida orientação e contextualização por parte dos educadores”, diz o vereador no projeto.

Antes da sanção do Executivo, a proposta foi aprovada pela maioria dos vereadores durante sessão plenária na Câmara Municipal de Salvador (CMS).
É obrigatório? O que a lei garante sobre a laicidade do Estado
Apesar da autorização para o uso do documento religioso em sala de aula, a nova lei deixa claro que a utilização da Bíblia Sagrada deve respeitar os termos da Constituição.
Nesse sentido, nenhum estudante ou professor serão obrigados a participarem das atividades com a utilização do recurso.
Como será feito o uso?
Ficará a cargo da prefeitura de Salvador estabelecer critérios, diretrizes e estratégias para viabilizar a leitura do material em sala de aula.
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