MOVIMENTO ANTIDEMOCRÁTICO
Anderson Torres passará por audiência de custódia em Batalhão PM
Em nota, Polícia Federal confirmou prisão de ex-ministro e disse que ele está “à disposição da Justiça”

Por Da Redação

Preso pela Polícia Federal ao desembarcar no aeroporto de Brasília, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres foi encaminhado para o 4º batalhão da Polícia Militar no Guará, região administrativa da capital federal, onde está detido. No local, ele passará por audiência de custódia.
A Polícia Federal confirmou a prisão de Torres em nota, mas não disse o local onde o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal exonerado ficará recolhido. Apontou apenas que ele está “à disposição da Justiça” e que a investigação seguirá sob sigilo.
“Ele [Anderson Torres], que é policial federal, foi preso ao desembarcar no Aeroporto de Brasília e encaminhado para a custódia, onde permanecerá à disposição da Justiça”, diz trecho da nota da PF.
O pedido de prisão preventiva do ex-ministro de Bolsonaro decorre do inquérito que apura os atos golpistas ocorridos na capital federal no último dia 8. Na ocasião dos ataques aos prédios do Supremo, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, Torres estava de férias, em Orlando, nos Estados Unidos, aonde chegou na sexta-feira, 6, mas o período oficial de descanso do então titular da Segurança Pública do DF começava no dia 9.
A suspeita é que Torres, em conjunto com setores da Polícia Militar do DF e de militares, tenha atuado para facilitar a ação dos terroristas bolsonaristas. O ex-ministro diz que não teve relação com os atos ou foi omisso na realização do seu trabalho.
A prisão foi pedida pela Polícia Federal e pela Advocacia-Geral da União e decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Além disso, na terça-feira, 10, policiais federais encontraram na residência de Torres uma minuta de decreto para o então presidente Jair Bolsonaro (PL) instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O objetivo do texto era inverter o resultado da eleição, no qual o seu ex-chefe saiu derrotado as urnas. A medida seria inconstitucional.
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