ACORDO DE DELAÇÃO PREMIADA
Após quatro meses, tenente-coronel Mauro Cid deixa a prisão
Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro deixou Batalhão da Polícia do Exército às 14h30
Por Da Redação
Após fechar acordo de delação premiada, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e tenente-coronel, Mauro Cid, deixou o Batalhão da Polícia do Exército de Brasília, onde estava preso há quatro meses, por volta das 14h30 deste sábado, 9.
Mesmo solto, Cid precisará usar tornozeleira eletrônica, teve cancelado o passaporte, recebeu suspensão de porte de arma de fogo e foi proibido de usar redes sociais.
O acordo de delação premiada foi homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que recebeu a proposta em seu gabinete, em audiência na última quarta-feira, 6 com a presença do próprio Cid e de seu advogado, Cezar Bittencourt.
Os relatos e provas que o militar pretende apresentar em seu acordo permanecem sob sigilo. Em uma rede social, o procurador-geral, Augusto Aras, afirmou neste sábado, 9, que a Procuradoria-Geral da República não concorda com acordos de colaboração firmados pela Polícia Federal, como foi o caso do acordo fechado pelo militar. O STF, no entanto, desde 2018 considera que as polícias têm autonomia para firmar os acordos de colaboração.
A PF cumpriu em Brasília, em 3 de maio, o mandado de prisão contra Mauro Cid e contra dois seguranças de Jair Bolsonaro. Como parte da Operação Venire, que também cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente da República, a ação foi autorizada por Alexandre de Moraes.
A Operação Venire investiga uma associação criminosa acusada pelos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.
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