BRASIL
Após queda de ministro, governo Lula cogita extinguir GSI
O pedido de demissão de Gonçalves Dias reacendeu o debate
Por Da Redação
O governo federal e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cogita extinguir o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República. As informações são da CNN Brasil, que aponta a avaliação de aliados de que Lula não acredita atualmente na pasta e as investigações sobre a omissão nas invasões do dia 8 de janeiro o ajudarão a tomar a decisão.
Desde a transição, aliados de Lula defendem que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a segurança presidencial sob comando da Polícia Federal sejam alocadas em uma nova secretaria a ser criada diretamente no Palácio do Planalto.
Quando assumiu a Presidência da República, Lula esvaziou as funções do GSI e criou a Secretaria Extraordinária de Segurança Aproximada, que cuida da segurança do presidente, a cargo da PF. Essa secretaria tem atuação está prevista para durar até 30 de junho.
A pasta foi um dos principais alvos de 'desbolsonarização' desde o início do governo e a equipe de comunicação, da assessoria parlamentar e 169 oficiais da secretaria de segurança e coordenação presidencial foram exoneradas do GSI.
Demissão de ministro
Uma reportagem da CNN Brasil na quarta-feira, 19, mostrou o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, interagindo com radicais bolsonaristas durante a invasão ao Palácio do Planalto no ato golpista do dia 8 de janeiro.
O ministro aparece caminhando pelo mesmo corredor com alguns invasores. As imagens sugerem que ele indica a saída de emergência ao grupo de criminosos. Outros integrantes do GSI também pareceram indicar o caminho da saída para os criminosos. Após a reportagem, Dias explicou que agiu para retirar os invasores e não ajudá-los.
“Eu entrei no Palácio depois que ele foi invadido e estava retirando as pessoas do terceiro e quarto piso para que houvesse a prisão no segundo. Na sala ao lado da do presidente, retirei três pessoas e mandei descer. Lá, fui verificar se as portas estavam fechadas e se não houve depredação lá dentro”, disse o ex-ministro em entrevista à GloboNews.
Depois de uma reunião com o presidente Lula, Gonçalves Dias pediu demissão do cargo. Em nota, a Comunicação da Presidência da República afirmou que não haverá impunidade para os envolvidos nos atos golpistas do dia 8 de janeiro.
O governo Lula anunciou que o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, será o chefe interino do GSI. Ele também foi o intervetor da segurança pública do Distrito Federal após os atos golpistas.
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