Atlas/A TARDE: Lula é bem aprovado entre nordestinos, ateus e LGBTQ+

O mais novo levantamento do instituto AtlasIntel, em parceria com o Grupo A TARDE, apontou que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é maior entre integrantes da comunidade LGBTQ+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queers e outras definições sexuais ou de gênero); beneficiários do Bolsa Família; agnósticos e ateus; moradores da região Nordeste; pessoas mais pobres; e mulheres.

Maior identificada com o ideário de esquerda, a comunidade LGBTQ+ dá a Lula 70,1% de aprovação, contra 21,5% de reprovação. Entre os heterossexuais — aqueles que se relacionam com pessoas do sexo oposto —, o presidente da República tem sua imagem equilibrada entre os 49% que aprovam e os 46,7% que reprovam.

A aprovação de Lula também se destaca entre aqueles que são beneficiários do programa de transferência de renda do governo federal chamado de “Bolsa Família”, grupo em que o petista é aprovado por 67,9% e reprovado por 24,7%.

A questão da renda também é marcante no levantamento da AtlasIntel. O presidente da República chega a 59,3% de aprovação entre aqueles que recebem até R$ 2 mil por mês, grupo em que o petista é reprovado por apenas 32,3%.

Por outro lado, Lula também registra boa aprovação entre os mais ricos, que recebem mais de R$ 10 mil por mês, com 54,7%. A reprovação, um pouco maior do que a registrada entre os mais pobres, chega a 39,5%.

Nas outras faixas de renda, os números de Lula já não são tão bons. Entre aqueles que ganham de R$ 2 mil a R$ 3 mil, há um empate técnico entre aqueles que reprovam (47,9%) e os que aprovam (46,1%).

Os integrantes da classe média, que recebem de R$ 3 mil a R$ 5 mil e também aqueles que ganham de R$ 5 mil a R$ 10 mil, garantem a maior rejeição a Lula no critério de renda, com 50,4% e 50,9% de reprovação, respectivamente. Nessas faixas, o petista é aprovado apenas por 46,9% e 47,4%.

No detalhamento por gênero, as mulheres aprovam mais o presidente Lula do que os homens. O petista é aprovado por 54,6% e reprovado por 37,1% das pessoas do sexo feminino. Já entre aqueles do sexo masculino, 48,7% aprovam, enquanto 49% reprovam, incorrendo em um empate técnico.

Nordeste segue lulista

Na divisão regional, a pesquisa confirma o que já foi observado nas eleições presidenciais de 2022. A aprovação de Lula é maior que a desaprovação no Nordeste, onde o petista é aprovado por 64% e desaprovado por 30,2%; e no Norte, onde 50,4% aprovam e 44,5% desaprovam.

No Sudeste, há um empate técnico entre aqueles que aprovam (48,1%) e os que desaprovam (46,3%).

Lula tem maior rejeição, porém, nas outras duas regiões: são 54,5% os sulistas que reprovam o petista, contra 42,2% de aprovação; enquanto, no Centro-Oeste, a reprovação é de 50%, contra 41,7% de aprovação.

No critério religioso, o presidente da República se destaca entre aqueles que se declaram agnósticos ou ateus, com 64,6% de aprovação nesse grupo social, onde Lula é reprovado por apenas 22%.

Fiéis da Igreja Católica Apostólica Romana também garantem boa aprovação ao petista, com 55,4%. Os católicos que rejeitam Lula são 40,3%. Os números são semelhantes aos crentes sem religião, grupo em que 57,3% aprovam o presidente da República e 41,4% reprovam.

Apenas os evangélicos dão a Lula maior reprovação, com 54,8% dos entrevistados rejeitando o petista. Os fiéis das diversas denominações protestantes dão apenas 38,1% de aprovação ao presidente.

O levantamento entrevistou 7.405 eleitores brasileiros, através de recrutamento digital aleatório, entre os dias 28 e 31 de janeiro de 2024. A margem de erro da pesquisa é de 1 ponto percentual para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

AtlasIntel/A TARDE

O Instituto AtlasIntel foi o único a apontar tanto a virada como a vitória do atual governador Jerônimo Rodrigues (PT) sobre o ex-prefeito ACM Neto (União Brasil), nas eleições de 2022. No cenário internacional, cravou os resultados do primeiro e segundo turnos na Argentina e acertou nos cenários das eleições presidenciais da Colômbia em 2022 e nos Estados Unidos em 2020.