MINISTRO DA JUSTIÇA
"Dama do Tráfico" faz Dino perder favoritismo para vaga no STF
Lula evita dar pistas sobre escolha, mas Jorge Messias, Bruno Dantas e o próprio Dino são cotados
Por Da Redação
Após vazar a informação sobre a visita de uma mulher condenada por tráfico, Luciane Farias, ao edifício do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino perdeu o favoritismo na disputa para assumir a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) deixada por Rosa Weber.
Segundo informações do colunista Paulo Cappelli, do Portal Metrópoles, aliados de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enxergam que o favoritismo passou a ser do advogado-geral da União, Jorge Messias.
O presidente da República não anunciou quem será o novo ministro do STF porque aliados importantes apoiam o nome do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas. Dessa forma, anunciar Jorge Messias poderia fazer o senador Renan Calheiros (MDB-AL) cobrar mais alto para aprovar a Reforma Tributária e outras votações importantes no Congresso.
Mesmo com o episódio que envolveu a "Dama do Tráfico", porém, o nome de Flávio Dino não é descartado. Lula, inclusive, já prestou solidariedade ao ministro da Justiça e Segurança Pública.
Sobre a "Dama do Tráfico"
Luciane é condenada por associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa e responde em liberdade. Seu marido, Clemilson Farias, o Tio Patinhas, é um dos líderes do Comando Vermelho e cumpre pena de 31 anos de prisão.
Leia mais: Oposição pedirá impeachment de Dino após visita da "Dama do Tráfico"
Na visita ao edifício do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Luciane integrou uma comitiva de advogados e representou a Associação Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), da qual é presidente. Em 19 de março, a esposa de Clemilson esteve com o secretário nacional de Assuntos Legislativos da pasta, Elias Vaz.
Já no dia 2 de maio, Luciane se encontrou com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais. Em suas redes sociais, a presidente da ILA disse que levou a Velasco as "denúncias de revistas vexatórias" no sistema prisional amazonense.
Segundo a Polícia Civil do Amazonas, a ILA é uma ONG que atua em prol dos presos ligados ao Comando Vermelho e é financiada com dinheiro do tráfico de drogas.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes