VISITOU MINISTÉRIO
"Dama do tráfico" pede sensibilidade a Lula: "ele já foi preso"
Luciane diz que se sente afetada emocionalmente por "ataques" e pede proteção aos presos
Por Da Redação
Condenada por associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa, além de ser esposa de um dos líderes do Comando Vermelho, Luciane Farias se disse incomodada pelos comentários sobre sua visita ao prédio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no primeiro semestre do ano.
"As pessoas que não levantam a bandeira para essa pauta [direitos humanos no sistema prisional] me atacam em redes sociais, e isso me afeta mentalmente", disse Luciane ao portal Uol, nesta sexta-feira, 17". "Minha filha fica em frente à TV e me defende. Isso tem me abalado", continua.
Para Luciane, o objetivo da visita envolvia a sua bandeira. "Quero sensibilizar nosso presidente Lula, que já foi preso, a Janja que já visitou [unidades prisionais]. Talvez eles não tenham passado por tantas mazelas, porque o status é diferente. Queria que olhassem para a gente, ativistas de direitos humanos, e criassem protocolos para nos proteger", afirmou Luciane, que é presidente da Associação Instituto Liberdade do Amazonas (ILA).
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"Queria que olhassem para mim como a esposa de uma pessoa que errou, mas não como uma criminosa", concluiu.
Sobre a visita ao ministério
Na visita ao edifício do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Luciane integrou uma comitiva de advogados e representou a ILA. Em 19 de março, a esposa de Clemilson Farias, o Tio Patinhas, que é um dos líderes do Comando Vermelho e cumpre pena de 31 anos de prisão, esteve com o secretário nacional de Assuntos Legislativos da pasta, Elias Vaz.
Já no dia 2 de maio, Luciane se encontrou com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais. Em suas redes sociais, a presidente da ILA disse que levou a Velasco as "denúncias de revistas vexatórias" no sistema prisional amazonense.
Segundo a Polícia Civil do Amazonas, a ILA é uma ONG que atua em prol dos presos ligados ao Comando Vermelho e é financiada com dinheiro do tráfico de drogas.
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