Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > política > BRASIL
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

MÍDIA

Decisão do STF pode punir imprensa por declaração de entrevistado

Tese indica que veículos jornalísticos podem ser condenados por entrevistas com indício de informação falsa

Por Da Redação

01/12/2023 - 8:39 h | Atualizada em 01/12/2023 - 10:02
A apresentação foi elaborada pelo ministro Alexandre de Moraes, com mudanças propostas por Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin
A apresentação foi elaborada pelo ministro Alexandre de Moraes, com mudanças propostas por Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin -

O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou uma tese, na quarta-feira, 29, que pode possibilitar empresas jornalísticas a se responsabilizarem civilmente caso publiquem declarações feitas por pessoas entrevistadas, que imputem crime a terceiro, quando houver indícios concretos de "Fake News".

Segundo informação da Folha de S. Paulo, a apresentação, elaborada pelo ministro Alexandre de Moraes, com mudanças propostas por Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, indica que a "liberdade de imprensa é consagrada pelo binômio liberdade com responsabilidade, vedada qualquer espécie de censura prévia", no entanto, adiante a possibilidade posterior de análise e responsabilização, inclusive com remoção de conteúdo.

A medida seria aplicada no caso de informações injuriosas, difamantes, caluniosas, mentirosas, e em relação a eventuais danos materiais e morais em defesa dos direitos à honra, intimidade, vida privada e imagem.

O documento ainda detalhou que, se no momento da divulgação houver "indícios concretos da falsidade da imputação" e se o veículo "deixar de observar o dever de cuidado na verificação da veracidade dos fatos e na divulgação da existência de tais indícios".

O relator da decisão completa do caso, o ministro Edson Fachin, declarou que o texto "assevera a posição de centralidade da liberdade de imprensa e estabelece algumas circunstâncias extraordinárias onde essa responsabilização é possível".

A medida foi motivada após pedido de indenização do ex-deputado Ricardo Zarattini Filho, já falecido, contra o jornal Diário de Pernambuco.

Em uma entrevista publicada no jornal em 1995, o delegado Wandenkolk Wanderley, também já falecido, dizia que Zarattini tinha participado do atentado a bomba no Aeroporto dos Guararapes, do Recife, em 1966.

A defesa de Zarattini provou que a informação não é verdadeira, que ele não foi indiciado ou acusado pela sua prática e que não foi concedido direito de resposta.

O ex-deputado foi derrotado no Tribunal de Justiça de Pernambuco, mas ganhou o processo no Superior Tribunal de Justiça, com indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil.

A defesa do Diário recorreu ao Supremo alegando que a decisão do STJ contraria a liberdade de imprensa e que a condenação se deu pela mera publicação da entrevista, sem qualquer juízo de valor.

No entanto, o STF manteve a condenação por 9 votos a 2, mas não havia, até então, decidido se a tese seria válida para outros casos similares.

À jornalistas, o ministro Luís Roberto Barroso declarou que o julgamento foi sobre um caso excepcional, em que uma publicação de uma entrevista, anos depois de um fato, imputava um atentado terrorista a uma pessoa que já havia sido absolvida.

"Se uma pessoa foi absolvida, faz parte do dever de cuidado do jornalista dizer que a pessoa foi absolvida. Esse é o debate. Não há nenhuma restrição à liberdade de expressão. Não há censura prévia."

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags:

Empresas fake news imprensa STF supremo tribunal federal veículos jornalísticos

Cidadão Repórter

Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro

ACESSAR

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
A apresentação foi elaborada pelo ministro Alexandre de Moraes, com mudanças propostas por Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin
Play

Irritado, Bolsonaro veta alianças do PL com o PT; assista

A apresentação foi elaborada pelo ministro Alexandre de Moraes, com mudanças propostas por Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin
Play

"Mãos para trás", ordena Michelle Bolsonaro após 'apalpada'; assista

A apresentação foi elaborada pelo ministro Alexandre de Moraes, com mudanças propostas por Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin
Play

Pablo Marçal bate boca com jornalista do SBT; assista

A apresentação foi elaborada pelo ministro Alexandre de Moraes, com mudanças propostas por Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin
Play

Ramagem coloca Bolsonaro na berlinda em escândalo de gravação

x

Assine nossa newsletter e receba conteúdos especiais sobre a Bahia

Selecione abaixo temas de sua preferência e receba notificações personalizadas

BAHIA BBB 2024 CULTURA ECONOMIA ENTRETENIMENTO ESPORTES MUNICÍPIOS MÚSICA O CARRASCO POLÍTICA