Digitais na minuta do golpe não apontam identidade do autor, diz PF

O resultado preliminar da perícia da Polícia Federal apontou que as digitais encontradas na minuta do golpe são do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, de um dos advogados dele e de um delegado da Polícia Federal, que atua nas investigações, segundo informações da CNN.

O documento, apreendido na casa de Torres, previa a formação de uma comissão integrada pelo então presidente da República, Jair Bolsonaro, e por integrantes do Ministério da Defesa para fiscalizar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Conforme a PF, o advogado e o delegado tiveram contato com o manuscrito por conta da participação nas buscas na casa de Torres. O resultado desse trabalho específico não contribui no avanço das investigações sobre a identidade do autor do texto e, até mesmo, quem entregou ao aliado do ex-presidente. A polícia informou que os trabalhos ainda não estão concluídos.

Outra possibilidade estudada pela PF é a identificação do suspeito através do DNA. Isso inclui a análise de qualquer tipo de material biológico encontrado no documento.

Ainda de acordo com a publicação, as defesas do ex-presidente Bolsonaro e do ex-ministro solicitaram o acesso ao resultado da perícia formalmente e aguardam retorno da Justiça.

O ex-ministro foi detido ao desembarcar em Brasília no dia 14 de janeiro, após voltar dos Estados Unidos. Ele é investigado por suspeita de omissão no caso dos atos terroristas que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.