EM DEPOIMENTO
Gonçalves Dias diz que não prendeu golpistas porque gerenciava crise
Ex-ministro disse que não tinha condições de realizar prisões sozinho
Por Da Redação
O general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, disse em depoimento à Polícia Federal que não prendeu os golpistas no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro porque estaria fazendo “gerenciamento de crise”.
Em depoimento, na sexta-feira, 21, o militar afirmou que não prendeu invasores, pois o protocolo ditava que isso deveria ser feito no segundo andar e ele “não teria condições materiais de realizar as prisões sozinho”.
De acordo com o jornal Metrópoles, Dias disse que depois que percebeu a "ineficiência das forças de segurança”, solicitou apoio do Comando Militar do Planalto. De acordo com a PF, o local foi invadido às 15h41.
O ex-ministro alega ainda que, após entrar no Palácio, se dirigiu ao quarto andar, onde viu invasores sendo retirados por agentes do GSI.
Sobre um militar que deu uma garrafa de água a um extremistas, Dias afirmou que houve um corte nas filmagens que deu a entender que ele estaria presente no momento, o que não teria acontecido.
Resolveu sair
Depois da divulgação dos vídeos, na noite de quarta-feira, 19, Gonçalves Dias pediu demissão do cargo, pouco tempo depois do governo Lula (PT) completar 100 dias.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião de emergência com ministros do governo para tratar do assunto. Estiveram presentes o vice-presidente Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Rui Costa (Casa Civil), Flávio Dino (Justiça), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), e Paulo Pimenta (Comunicação Social).
Depois da reunião, Lula teve um encontro a sós com Gonçalves Dias. Mais tarde, em uma publicação feita no Diário Oficial da União (DOU), o governo oficializou o nome do atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, para assumir o comando do GSI de forma interna.
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