CASO MARIELLE
"Me refiro a eles como bandidos", diz miliciano sobre irmãos Brazão
Miliciano também é suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ)
Por Da Redação
O miliciano Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como Orlando Curicica, envolvido no caso Marielle, suspeito de ter planejado o assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro com a ajuda do também vereador Marcello Siciliano.
Curicica, que recentemente deu um novo depoimento à Polícia Federal (PF), acusou os irmãos Brazão, deputado federal Chiquinho (sem partido) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Domingos, de usar o ex-policial militar Rodrigo Ferreira, conhecido como Ferreirinha, como laranja.
"Usaram o Ferreirinha para ele botar a cara e depor. Me refiro a eles como bandidos. Eles são bandidos. Eles começaram com roubo de carro, desmanche de carro ali naquela estrada que atravessa de Jacarepaguá para Realengo. Brazão controlava ali, os ferros velhos e o roubo de carro era disputado por eles e veio a política em si como engajamento disso", conta Orlando.
O miliciano também foi apontando como um dos envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). Em novo testemunho, o homem ainda afirmou que os irmãos Brazão ainda "eram envolvidos com contrabando e adulteração de combustível".
"Não sei hoje no Rio de Janeiro, mas até 2018 que eu estava no Rio de Janeiro, o senhor não conseguia abrir um posto de gasolina no Rio de Janeiro se não pagasse propina para o Brazão", disse.
E complementou: "Todo esquema para abrir, documentação para ter um posto de gasolina no Rio de Janeiro tinha que passar pelo Brazão. Você não conseguia abrir posto de gasolina sem pagar essa propina para ele e normalmente essa propina era o que, ele cobrava 10% do posto. Ele não botava um real mas você tinha que dar 10% do valor do faturamento do posto pra ele. Se não, ele acabava com o teu posto e acabava realmente. Eu tive vários amigos que tentaram abrir posto de gasolina e não conseguiram porque o Brazão não deixou"
No final do mês de maio, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) aceitou a denúncia do Ministério Público (MPRJ) e condenou Ferreirinha por obstrução das investigações depois da Polícia Federal concluir que o ex-policial criou a história para confundir as autoridades sobre a autoria do crime.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes