Ministro Dino recua da indicação de Camata pra direção da PRF

Menos de 24h após ter anunciado o delegado Edmar Moreira Camata como diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Flávio Dino (PSB), ministro da Justiça e Segurança Pública recuou da indicação nesta quarta-feira, 21. Edmar Camata não agradou a cúpula petista por ele ser um apoiador da operação Lava Jato.

“Nós tivemos uma polêmica nas últimas horas e o entendimento meu e da minha equipe foi que seria o mais adequado proceder essa substituição”, justificou Dino.

O novo ministro da Justiça disse que sabia que Camata tem perfil lavajatista, mas que não considerou tal critério na escolha para a PRF. “Não se trata de um julgamento pretérito, mas à existência de condições políticas para liderar a equipe. Em face da polêmica, não reuniria condições para liderar a equipe”, ressalta o ex-governador do Maranhão.

Em suas redes sociais, em 2018, Camata escreveu: “Ver Lula como inocente significa acreditar que há uma trama extremamente complexa e articulada que condenou 220 empresários, servidores e políticos em várias instâncias. Tudo a troco de condenar Lula”.

Em outra ocasião Edmar Camata, compartilhou fotos com Deltan Dallagnol (Podemos-PR) nas redes sociais. “Até agora, já foram condenadas 188 pessoas na Operação Lava-Jato. Se as penas fossem somadas dariam 1861 anos e 20 dias. Não podemos deixar a maior operação anticorrupção do país parar, você concorda?”, era a mensagem escrita no cartaz do delegado

Segundo o Metrópoles, Edmar entrou para o quadro da PRF em 2006, é mestre em Políticas Anticorrupção pela Universidade de Salamanca, e tem especializações em Gestão Integrada em Segurança Pública e Ministério Público e Defesa da Ordem Jurídica, além de MBA em Gestão Pública. Atualmente é Secretário de Estado de Controle e Transparência no Governo do Espírito Santo.