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PGR pede ao STF suspensão do porte de arma de Zambelli

O pedido da PGR também solicita a apreensão da arma da deputada federal

Publicado segunda-feira, 19 de dezembro de 2022 às 20:55 h | Atualizado em 19/12/2022, 21:36 | Autor: Da Redação
Deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) com arma em punho durante confusão em São Paulo
Deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) com arma em punho durante confusão em São Paulo -

A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou nesta segunda-feira, 19, ao ministro Gilmar Mendes (STF), a suspensão do porte e a apreensão da arma e das munições da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) que, com a arma em punho, perseguiu um homem que seria eleitor de Lula (PT) nas vésperas do segundo turno das eleições presidenciais. 

Lindôra Araújo, vice procuradora Geral da República, afirma que a apreensão da pistola e a suspensão do porte são medidas para “coibir a reiteração do delito investigado e resguardar a ordem pública”. Lindôra diz também que o direito de Zambelli ao porte “não lhe autoriza o seu uso ostensivo, nem adentrar ou permanecer em locais públicos ou onde haja aglomeração de pessoas”.

“A existência de indícios de autoria e de materialidade do delito de porte ilegal de arma de fogo torna necessária a adoção de medidas cautelares tendentes a evitar a prática de infrações penais desse mesmo jaez, seja mediante a suspensão do direito ao porte de arma, seja mediante a entrega voluntária, seja ainda pela via da busca e apreensão pessoal ou domiciliar do armamento utilizado para cometer o delito”, relatou a vice-PGR no documento enviado ao STF. Caberá a Gilmar Mendes decidir se avaliza ou não o pedido da PGR.

Imagens que circularam nas redes sociais sobre o caso, é possível ver pessoas correndo e a deputada com a arma em punho, entrando em uma lanchonete e ordenando, aos gritos, que um homem negro deitasse no chão. Em outro registro da cena, nota-se um estampido.

Em um vídeo nas redes, Zambelli disse ter sido cercada por “militantes de Lula” e agredida. A versão, porém, não reverberou por muito tempo. Gravações revelaram que a deputada bolsonarista não foi derrubada. Logo em seguida a divulgação das imagens, aliados de Zambelli apagaram postagens em que reproduziam o discurso sobre a falsa agressão.

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