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Polícia Federal faz buscas na casa do ex-presidente Bolsonaro

Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi preso

Publicado quarta-feira, 03 de maio de 2023 às 07:27 h | Atualizado em 03/05/2023, 08:01 | Autor: Da Redação
Operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)
Operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) -

A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta quarta-feira, 3, um mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Também foi autorizada a prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, além do policial militar Max Guilherme e do militar do Exército Sérgio Cordeiro, seguranças que atuaram na proteção de Bolsonaro durante o mandato presidencial. Até as 7h, todas as prisões já tinham sido cumpridas. 

O pedido atende a Operação Venire, que investiga uma associação criminosa acusada pelos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

De acordo com o g1, Jair Bolsonaro não foi alvo de mandado de prisão, mas deve prestar depoimento ainda nesta quarta na Polícia Federal em Brasília.

Policiais seguem no condomínio onde o ex-presidente mora desde que voltou ao Brasil, em março.

A investigação

A polícia investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde para garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e pessoas próximas nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória. A inclusão dos dados falsos aconteceu entre novembro de 2021 e dezembro do ano passado. 

Segundo a TV Globo e a GloboNews, teriam sido forjados os certificados de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro, da filha dela, Laura Bolsonaro, do ex-ajudante de ordens Mauro Cid Barbosa, além do da mulher e da filha dele.

A PF investiga ainda outros membros da comitiva, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. As condutas investigadas podem configurar, crimes de:

-infração de medida sanitária preventiva;

-associação criminosa;

-inserção de dados falsos em sistemas de informação;

-corrupção de menores.

A Polícia Federal afirma que o objetivo do grupo seria "manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas" e "sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19".

"Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid", diz o órgão.

Ao todo, a PF cumpre 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro. Também estão sendo analisados o material apreendido durante as buscas, além da realização de oitivas de pessoas envolvidas nos fatos.

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