POLÍTICA
Centrão prepara contra-ataque ao PT após ter cargos cortados
Caciques do bloco pretendem lançar candidatos para a vaga em Corte como reação

Por Redação

O Centrão prepara um contra-ataque ao PT após ter cargos cortados pelo governo Lula — na semana passada, deputados do bloco contribuíram para a derrota da gestão na MP das Bets.
O foco do grupo está na disputa pela vaga a ser aberta no Tribunal de Contas da União (TCU). Em fevereiro de 2026, o ministro Aroldo Cedraz completará 75 anos e terá de se aposentar compulsoriamente da Corte.
A vaga, segundo o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, é indicação da Câmara e havia sido prometida por Hugo Motta (Republicanos-PB) ao PT em troca do apoio do partido de Lula à candidatura do deputado ao comando da Casa.
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Porém, lideranças do bloco de partidos avisaram a Motta, nas últimas semanas, que não há de partidos como União Brasil, PP e PSD manterem o acordo firmado, pois deputados dessas siglas querem disputar a vaga.
Na avaliação de um dos caciques do Centrão, o PT não teria votos suficientes na Câmara para aprovar a indicação de um nome ligado ao partido para a Corte de Contas.
Líderes do grupo ainda avaliam que a própria posição do PT na área fiscal, vista como incompatível com a agenda de partidos mais liberais, atrapalha a tentativa da sigla de indicar um ministro para o TCU.
Entre os nomes do Centrão interessados na indicação para o TCU, estão os deputados federais Pedro Paulo (PSD-RJ), Hugo Leal (PSD-RJ), Elmar Nascimento (União-BA) e Danilo Forte (União-CE).
PSD e +: governo Lula corta cargos de partidos após derrota da MP das Bets
Após a derrota do governo na MP das Bets, na semana passada, a ministra de Relações Institucionais do governo Lula (PT), Gleisi Hoffmann, deu início a uma reorganização da base no Congresso, tendo com principais alvos quatro partidos do Centrão.
De acordo com ela, o ajuste conta com o aval do presidente: corte de cargos de parlamentares que fazem parte do bloco. Os partidos envolvidos são: PP, PSD, Republicanos e o MDB.
Algumas demissões já começaram a ser efetivadas. Na semana passada, Progressistas e pessedista perderam cargos na Caixa e Ministério da Agricultura. Já os emedebistas perderam postos no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
“Vamos reorganizar a base do governo e fazer as mudanças necessárias, com muita responsabilidade", afirmou Gleisi Hoffmann ao colunista Igor Gadelha, do Metrópoles. "Mas quem quiser estar no governo deverá ser voto do governo no Congresso”, disse a ministra.
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