POLÍTICA
"Economia suportaria", diz ministro sobre jornada semanal de 4 dias
Luiz Marinho participou de audiência no Senado Federal
Por Da Redação
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defendeu em audiência realizada no Senado, que o Congresso Nacional possa tratar a respeito da redução da jornada de trabalho semanal. Ele lembrou que há experimentos no Brasil de empresas que aderiram ao modelo de quatro dias por semana. O assunto, segundo Marinho, ainda não foi tratado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ele avalia que o tema não poderia ser tratado isoladamente pelo governo, ressaltando que sociedade e parlamento precisam entrar em consenso. Marinho participou de audiência na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado nesta segunda-feira, 9.
“Eu acredito que passou da hora (discutir nova regulamentação da jornada). Não tratei disso com o presidente Lula. É a minha opinião, não de governo. Mas tenho certeza que o presidente Lula não iria bloquear um debate, em que a sociedade reivindique que o Parlamento analise a possibilidade de redução da jornada de trabalho sem redução dos salários evidentemente. Eu acho que a economia brasileira suportaria”, salientou Marinho.
Ainda na audiência, Marinho falou a respeito das mudanças previstas na gerência do FGTS. A pasta do Trabalho, segundo ele, está buscando acelerar a digitalização da gestão do fundo, com a perspectiva de economia do setor privado, em horas trabalhadas.
“Nós vamos trazer uma economia de, em média, de 34 horas por mês que as empresas vão economizar com a nova sistemática de gestão do FGTS. Isso dá um 1,6 bilhão de horas (economizadas) no ano (considerando cerca de 4 milhões de empregadores)”, pontuou.
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