Eduardo Bolsonaro exalta estratégia de Trump na ONU e critica Lula

O deputado federal autoexilado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou as redes sociais, nesta terça-feira, 23, para comentar o discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova Iorque. O mandatário estadunidense foi o segundo a discursar no encontro, justamente após o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na sua fala, entre outros assuntos, o republicano não fez qualquer menção ao ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL), nem ao julgamento sobre a tentativa de golpe. E, ao contrário do esperado, Trump elogiou Lula dizendo que "ele parecia um cara muito bom, na verdade". "Nós tivemos, pelo menos, cerca de 39 segundos, nós tivemos uma ótima química", afirmou.

O encontro citado por Trump aconteceu no intervalo entre os discursos. Segundo o norte-americano, os dois marcaram uma reunião para discutir as sanções aplicadas ao Brasil.

Em uma postagem no X (antigo Twitter), Eduardo Bolsonaro afirmou que quem conhece as estratégias de negociação de Donald Trump não ficou surpreso com o seu comportamento, fazendo exatamente o que sempre praticou. "Elevou a tensão, aplicou pressão e, em seguida, reposicionou-se com ainda mais força à mesa de negociações", iniciou o liberal.

"Depois disso, sorriu e mostra-se aberto a dialogar em uma posição infinitamente mais confortável, fiel àquilo que sempre defendeu: os interesses dos americanos em primeiro lugar. É a marca registrada de Trump: firmeza estratégica combinada com inteligência política. Por isso, longe de causar espanto, sua postura reafirma, mais uma vez, sua genialidade como negociador", acrescentou.

Por outro lado, sobre Lula, afirmou que o petista assistiu "impotente" a performance do mandatário norte-americano, sem, segundo ele, "ter capacidade real de influenciar o jogo global."

"Na verdade, Lula agora é que está na obrigação de aproveitar a rara oportunidade de sentar-se com Trump e com a difícil missão de extrair algo de positivo nesta mesa. Ao final Trump ainda arrebatou que sem os EUA o Brasil vai mal. Ou seja, não há para onde correr, o Brasil precisa dos EUA, reconheça isto ou não. Entende porque confiamos na anistia ampla, geral e irrestrita?", finalizou o parlamentar.

Para quem conhece as estratégias de negociação de Donald Trump, nada do que aconteceu foi surpresa. Ele fez exatamente o que sempre praticou: elevou a tensão, aplicou pressão e, em seguida, reposicionou-se com ainda mais força à mesa de negociações. Ontem mesmo, sancionou a…

— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) September 23, 2025