VOTO IMPRESSO
Ministro da Defesa sugere “votação paralela” com cédula de papel
A sugestão de Nogueira se dá em meio aos atritos entre o governo federal e o TSE sobre o papel das Forças Armadas nas eleições
Por Da Redação
O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, sugeriu a realização de votação paralela em cédulas de papel no dia do pleito, como forma de testar a integridade das urnas. A proposta foi apresentada nesta quinta-feira, 14, durante audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado Federal.
A sugestão do titular da Defesa se dá em meio aos atritos entre o governo federal e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o papel das Forças Armadas nas eleições. Além disso, mostra o alinhamento do ministro com o discurso recorrente do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, que tem colocado em dúvida a segurança do processo eleitoral, mesmo sem qualquer prova de falha ou fraude nas urnas eletrônicas.
De acordo com Nogueira, o intuito principal da proposta é fazer um teste de integridade das urnas eletrônicas, somado aos processos que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já realiza atualmente para verificar os sistemas de votação.
“A gente propõe uma pequena alteração no que está estabelecido, sendo coerente com a resolução do TSE. Ela prevê o teste das urnas em condições normais de uso. Como seria esse teste? Urnas seriam escolhidas, só que em vez de levar para a sede do Tribunal Regional Eleitoral, essa urna seria colocada em paralelo na seção eleitoral”, argumento o chefe da equipe das Forças Armadas no grupo de Fiscalização do Processo Eleitoral, coronel do Exército Marcelo Nogueira de Sousa, em apresentação aos Senadores.
O militar continuou: “O eleitor faria sua votação e seria perguntado se ele gostaria de contribuir para testar a urna. Ao fazer isso, ele geraria um fluxo de registro na urna teste, similar à urna original, e, após isso, os servidores fariam votação em cédulas de papel. Depois dessa votação, ela seria conferida com o boletim de urnas”.
Na tarde da quarta-feira, 13, o Tribunal de Contas da União (TCU) reafirmou a segurança do processo eleitoral brasileiro. Segundo a corte, não foram identificados até o momento riscos relevantes à realização das eleições em 2022.
Segundo relatório de auditoria, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possui planos para prevenir, detectar, obstruir e neutralizar ações adversas que ameaçam a salvaguarda das áreas e instalações dos equipamentos.
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