G20
Em aceno a evangélicos, ministra diz que política cultural é de todos
Margareth Menezes ainda defendeu o presidente Lula (PT) das críticas sobre o segmento
Por Bianca Carneiro e Gabriela Araújo
Em meio às tentativas de aproximação do governo Lula (PT) com o setor evangélico, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, declarou que a pasta sempre manteve um ‘bom’ diálogo com a área.
“Estamos, dentro da minha gestão, mantendo o diálogo com todos os setores. Nós recebemos representações de todos [seja] das áreas das artes e também com o setor evangélico. O [que o] Ministério da Cultura faz é analisar os projetos e não faz interferência em relação à religião da pessoa ou partido político”, explicou Margareth, em bate-papo especial com a imprensa, em Salvador.
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Presente na reunião do G20, que está sendo realizada no Centro de Convenções da capital, a titular também afirmou que as políticas implantadas pela pasta estão disponíveis para todos, sem distinção religiosa. Durante coletiva, ela ainda relembrou que, recentemente, o Executivo sancionou a lei que cria o Dia Nacional da Música Gospel.
“Alguns editais têm os seus direcionamentos, tal Cultura Viva, pontos e contornos de cultura, as políticas que nós lançamos com as cotas de pessoas negras é para todos. Recentemente, acabamos de sancionar o dia da música gospel, então, a política tem que acontecer desse jeito”, acrescentou Menezes.
A ministra, que também é cantora e compositora, avaliou a cultura evangélica como “forte na parte artística e entrega [para] milhares de pessoas” e destacou que, independente da religião, é necessário tratar todos de forma igualitária.
“Dentro do Ministério da cultura, nós recebemos lá tantos políticos como pessoas também, religião evangélicas, vão lá também buscar, e tudo o que nós estamos lançando é para todas as pessoas. [...]. Inclusive, nessa nova instrução normativa, a gente contempla isso. Tem vários festivais desse segmento que recebem incentivos da Lei Rouanet”, declarou.
Governo Lula e evangélicos
Desde a retomada de Lula à presidência da República, em 2022, os evangélicos não têm uma grande aproximação com o petista. Apesar do distanciamento ter caído, nos últimos meses, o segmento ainda soma 74% da população que reprovam o atual governo, de acordo com a pesquisa da AtlasIntel, divulgada em agosto.
Nesse sentido, a ministra Margareth Menezes defendeu a gestão e afirmou que não há motivos para que os religiosos desconfiem do governo, diante dos investimentos que vêm sendo realizados pela administração petista.
“Não tem porque a ver esse tipo de desconfiança com o governo do presidente Lula em relação à [religião] evangélica. O presidente Lula foi quem sempre fez ações nesse sentido. Então, foi uma narrativa perigosa que se construiu como se o governo e o presidente Lula fosse contra a religião. Toda a política pública é para todo o povo brasileiro, não se pergunta qual religião a pessoa é para ter acesso”, disse.
E continuou: "É bom a gente descontruir essa ideia porque por parte do presidente não existe destrato, [....], todos são bem-vindos".
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