ESQUEMA
Ex-prefeito é condenado por deixar esposa governar cidade em seu lugar
Casal responde por improbidade administrativa, mas nega as acusações

Por João Grassi

Um prefeito foi condenado por ter delegado sua função em Itajobi, cidade no interior de São Paulo, à sua própria esposa. Lairto Luiz Piovesana Filho (PMDB) estava à frente da gestão municipal em 2017, mas teve sentença confirmada apenas na última semana, quase oito anos após o caso ser denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP).
Lairto e Cristiane Angelita Goberski Piovesana foram condenados por improbidade administrativa, mas o casal nega as acusações e deve recorrer da sentença. Segundo o g1, os dois tiveram seus direitos políticos suspensos por oito anos e terão que devolver os salários recebidos no período.
A delegação de funções para a primeira-dama teria começado no início do mandato, quando Cristiane assumiu o cargo de Coordenadora do Fundo Municipal de Solidariedade da cidade.
Conforme o processo, o crime só deixou de ser cometido após uma decisão judicial, em 2018, que impedia Cristiane de comandar a cidade.
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Estratégia para disfarçar
De acordo com o Metrópoles, para disfarçar a prática, a sala de gestão do Fundo Municipal foi transferida para o interior do Paço Municipal, onde Cristiane realizava reuniões com vereadores e dava ordens aos funcionários públicos da cidade. Ela participava de reuniões e até decidia sobre questões como o aumento da taxa de água.
Conforme o MP, a ex-primeira dama chegou a viajar para São Paulo na companhia do deputado estadual Itamar Borges (MDB) para pedir ao governo do Estado a liberação de R$ 300 mil reais para o recapeamento de ruas de Itajobi.
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