POLÍTICA
Fraudes no INSS poderiam ter sido investigadas na gestão Moro
CGU afirma que Moro recebeu denúncias sobre fraudes no INSS durante sua gestão

Por Redação

As denúncias contra fraudes no INSS poderiam ter sido investigadas ainda na gestão do então ministro da Justiça Sergio Moro, durante o governo Bolsonaro, conforme declarou o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius de Carvalho, nesta quinta-feira, 2.
A declaração foi feita durante depoimento na CPMI do INSS, quando o chefe da CGU respondeu a questionamento de Moro sobre a ausência de comunicação à Casa Civil e ao Ministério da Previdência acerca das investigações sobre descontos ilegais.
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“Esse trabalho que a CGU desenvolveu com a Polícia Federal, senador Sergio Moro, é um trabalho que podia ter sido desenvolvido durante sua gestão como ministro da Justiça, porque o senhor também recebeu denúncia sobre isso. Infelizmente, o senhor não encaminhou para a Polícia Federal e para a CGU”, disse.
Moro esteve à frente do Ministério da Justiça por um período de um ano e quatro meses, deixando o cargo em abril de 2020 devido a divergências com o então presidente Jair Bolsonaro. Durante sua gestão, segundo ele, quatro entidades chegaram a ter suas atividades suspensas.
"Quatro entidades foram descredenciadas de imediato. Caíram pela metade os descontos associativos. Agora, em 2019, ninguém tinha colocado uma quadrilha no comando do INSS como no governo Lula", afirmou o senador.
Vinicius de Carvalho, por sua vez, contestou, afirmando que os aposentados prejudicados não receberam ressarcimento na época. “Ressarciram os aposentados? Foram R$ 400 milhões, senador Sergio Moro. E os beneficiários dessas quatro entidades suspensas? Não receberam”, afirmou.
O ministro da CGU afirmou que o órgão não atrasou a investigação dos desvios, iniciada em 2024, mas reconheceu demora no início das apurações e na mobilização de outras instituições públicas. Segundo ele, denúncias sobre irregularidades já circulam desde 2018.
“Todas as instituições do Estado brasileiro demoraram. A CGU é uma dessas instituições. Eu acabei de dizer: o Ministério Público Federal tem denúncia desde 2019. O Procon tem denúncia desde 2018”, disse.
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