POLÍTICA
Governo Lula retoma apuração sobre causa da morte de JK
Comissão analisará apuração sobre acidente de 1976
Por Redação
![Causa do acidente é motivo de controvérsia](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1300000/1200x720/Governo-Lula-retoma-apuracao-sobre-causa-da-morte-0130707300202502130909-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1300000%2FGoverno-Lula-retoma-apuracao-sobre-causa-da-morte-0130707300202502130909.jpg%3Fxid%3D6554679%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1739470089&xid=6554679)
A causa do acidente de 1976 que resultou na morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek, será novamente investigada. O governo Lula e a Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), órgão de Estado que tem apoio técnico-administrativo do Ministério dos Direitos Humanos, decidiram reabrir o caso. Numa reunião da CEMDP marcada para esta sexta (14) no Recife, os seus sete integrantes devem aprovar uma reanálise do intrincado episódio. As informações são do jornal Folha de SP.
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Em 22 de agosto de 1976, o Opala em que estava JK, conduzido por seu motorista e amigo Geraldo Ribeiro, trafegava na altura do km 165 da via Dutra, em direção ao Rio, quando, desgovernado, atravessou o canteiro central, invadiu a pista oposta (sentido São Paulo) e se chocou de frente com uma carreta. JK e Ribeiro morreram com a colisão. Diversas investigações buscaram elucidar por que o motorista perdeu o controle do Opala.
As conduzidas pela ditadura concluíram que logo antes da colisão o carro foi atingido por um ônibus da viação Cometa ao tentar ultrapassá-lo. Foi o mesmo veredito da CNV (Comissão Nacional da Verdade) em 2014 e de uma comissão externa da Câmara dos Deputados em 2001. Por essa versão, tratou-se, portanto, de um acidente.
Outras apurações concluíram que JK foi, na verdade, vítima de um atentado político, reunindo indícios de que não houve batida entre o Opala e o ônibus e de que o carro se desgovernou por alguma ação externa —sabotagem mecânica ou mesmo um tiro ou envenenamento do motorista.
Essa foi a conclusão das Comissões Estaduais da Verdade de São Paulo —amparada por um grupo de trabalho com pesquisadores das universidades USP e Mackenzie— e de Minas Gerais, além da Comissão Municipal da Verdade de São Paulo.
Como meio-termo, mas mais próximo deste segundo grupo, um inquérito civil conduzido pelo Ministério Público Federal (MPF) por seis anos, de 2013 a 2019, descartou que tenha havido choque entre o ônibus e o Opala, mas concluiu ser "impossível afirmar ou descartar" a hipótese de atentado, "vez que não há elementos materiais suficientes para apontar a causa do acidente ou que expliquem a perda do controle do automóvel".
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