ESTRATÉGIA
Governo quer mudanças no Pé-de-Meia para evitar corte em ano eleitoral
Gestão federal quer derrubar o limite de R$ 20 bilhões que existe hoje para o programa

Por Redação

Uma das vitrines do governo Lula, o Pé-de-Meia pode sofrer importantes mudanças para evitar risco de corte nas verbas destinadas ao programa em plena campanha eleitoral de 2026.
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De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a gestão federal quer derrubar o limite de R$ 20 bilhões que existe hoje para o programa. O teto foi fixado na lei do programa, sancionada em janeiro de 2024, e sua extinção foi incluída no parecer ao projeto de lei que incorpora parte das medidas de compensação à derrubada da MP (Medida Provisória) de aumento de impostos.
O deputado Kiko Celeguim (PT-SP), relator do texto, diz no parecer que a mudança vai "permitir a perenização do programa", criado para incentivar a permanência de alunos de baixa renda no ensino médio.
Segundo técnicos do governo, sem essa alteração, o governo Lula precisaria encaminhar o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2027 com um corte de cerca de R$ 5 bilhões no programa. Como o envio da peça se dará em 31 de agosto de 2026, próximo ao período de campanha oficial, a redução poderia virar terreno fértil a ser explorado pela oposição.
A lei atualmente prevê um teto de R$ 20 bilhões, e o Pé-de-Meia já distribuiu cifras próximas disso —mas não é todo o valor que conta para a verificação do limite. Na interpretação do Executivo, o texto alcança a integralização de cotas no Fipem (fundo que custeia o programa) feita com recursos do Orçamento a partir da sanção da lei, em 2024.
Isso significa que os recursos repassados diretamente de outros fundos do governo, prática criticada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), não afetam esse teto. Porém, com a inclusão do Pé-de-Meia integralmente no Orçamento a partir de 2026 (para atender à recomendação da corte de contas), o limite pode se exaurir rapidamente.
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