POLÍTICA
Haddad diz que Trump ataca Brasil para reabilitar extrema-direita
Ministro citou estratégia do tarifaço de 50% às exportações brasileiras para os Estados Unidos
Por Redação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad Haddad, afirmou, neste sábado 23, que o tarifaço de 50% às exportações brasileiras para os Estados Unidos tem o objetivo de "reabilitar a extrema-direita no Brasil".
De acordo como salientou, a prova de que o governo do presidente Donald Trump Trump pretende fazer com que os radicais tenham condições de voltar ao poder é o relatório da Polícia Federal (PF), divulgado na quarta-feira, no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) são responsabilizados por uma ação conjunta visando dificultar as negociações.
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"Vimos pelas mensagens trocadas, que o único objetivo é livrar a cara dos golpistas e não tem nenhuma outra finalidade, essa hostilidade, que não seja reabilitar a extrema-direita no Brasil. O Brasil não pode servir de quintal de ninguém. Nós sabemos disso. Temos tamanho, densidade, importância para manter e garantir nossa soberania”, disse, durante participação por vídeo que fez no encontro do PT para debater a conjuntura política nacional e internacional, em Brasília.
Haddad elogiou ainda o vice-presidente Geraldo Alckmin, que acumula o comando do Ministério do Desenvolvimento, Comércio, Indústria e Serviços (Mdic), nas negociações com os norte-americanos.
Após participação no evento do PT, Haddad concedeu entrevista à TV GGN, onde salientou que os EUA atravessam um momento singular, com possibilidade de Trump impor retrocessos ambientais, democráticos, políticos e geopolíticos — citou como exemplo o recente cancelamento de US$ 19 bilhões em investimentos em transição energética pelo governo norte-americano. O ministro também relembrou o histórico de ingerência dos EUA na América do Sul, incluindo a participação em ditaduras na região ao longo do século 20, ressaltando que essas ações reforçam a complexidade das relações internacionais no contexto atual.
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