POLÍTICA
Hugo sobre urgência no IOF: “País não aguenta mais aumento de imposto”
Declaração do presidente da Câmara dos Deputados veio após aprovação do regime de urgência para o projeto que derruba o aumento do imposto sobre o IOF
Por Flávia Requião

Após a aprovação do regime de urgência para o projeto que derruba o novo decreto do governo sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se pronunciou, nesta segunda-feira, 16, sobre a decisão.
Leia Também:
“346 votos. Um recado claro da sociedade — a Câmara foi apenas o veículo que ecoou essa demanda: o país não aguenta mais aumento de imposto”, ressaltou, em publicação no X.
Segundo Motta, o impacto da medida atinge toda a população, independentemente da classe social. “Toda essa discussão sobre as contas não é sobre quem mora na cobertura ou no andar de baixo. É sobre todos nós que moramos no mesmo prédio”, afirmou.
O deputado defendeu que o momento exige diálogo e responsabilidade fiscal. “Não é hora de medir forças. É hora de somar coragem para ajustar as contas e fazer o Brasil crescer de forma sustentável”, concluiu.
Câmara aprova urgência
A Câmara aprovou, nesta segunda, 16, por 346 votos a 97, a urgência para a tramitação do projeto de decreto legislativo que suspende os efeitos do decreto do governo que altera regras do Imposto sobre IOF.
A urgência foi aprovada, mas não foi definida a votação do mérito do texto do decreto, que deve ocorrer ainda está semana.
O pedido de urgência foi apresentado pelo deputado Zucco (PL-RS), logo após a publicação da norma pelo governo na semana passada.
Ao anunciar que colocaria a proposta em votação, o presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que o clima na Casa era contra o decreto do IOF.
“Conforme tenho dito nos últimos dias, o clima na Câmara não é favorável para o aumento de impostos com objetivo arrecadatório para resolver nossos problemas fiscais”, disse Motta.
346 votos. Um recado claro da sociedade — a Câmara foi apenas o veículo que ecoou essa demanda: o país não aguenta mais aumento de imposto.
— Hugo Motta (@HugoMottaPB) June 17, 2025
Toda essa discussão sobre as contas não é sobre quem mora na cobertura ou no andar de baixo. É sobre todos nós que moramos no mesmo…
Propostas do governo
As alterações modificaram um decreto anterior que também tratava das regras do IOF.
Entre as medidas propostas pelo governo estão o aumento na taxação das apostas eletrônicas, as chamadas bets, de 12% para 18%; das fintechs, de 9% para 15% a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), igualando-se aos bancos tradicionais; a taxação das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), títulos que atualmente são isentos de Imposto de Renda.
O decreto faz parte de medidas elaboradas pelo Ministério da Fazenda, juntamente com uma Medida Provisória (MP) para reforçar as receitas do governo e atender às metas do arcabouço fiscal.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes