POLÍTICA
Inspeção na cela de Bolsonaro é cancelada por Comissão da Câmara
Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e 3 meses de prisão

Por Victoria Isabel

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados cancelou, na manhã desta quinta-feira, 11, a inspeção autorizada para verificar a cela onde o ex-presidente Jair Bolsonaro cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília. A visita estava prevista para ocorrer hoje, mas foi suspensa pelo presidente da comissão, deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP).
Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e 3 meses de prisão, após condenação por liderar uma trama golpista. Desde cedo, uma movimentação atípica foi registrada na sede da PF, em meio à expectativa de que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorize a saída do ex-presidente para procedimentos cirúrgicos no hospital DF Star. A defesa também aguarda decisão sobre um pedido de prisão domiciliar humanitária.
Ao Metrópoles, Bilynskyj afirmou que a comissão não realizará a fiscalização nesta semana. O deputado justificou que o ministro Moraes autorizou a inspeção para o mesmo dia e horário em que Bolsonaro receberia visita familiar, o que, segundo ele, inviabiliza a ida da comissão.
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“Quando o ministro autorizou a visita para a fiscalização das condições de prisão do presidente, ele designou para quinta-feira no mesmo horário. Ou seja, ele retirou a visita que o presidente teria da família para que fosse feita a fiscalização”, afirmou o parlamentar.
O deputado declarou ainda que não seria adequado ocupar o horário reservado à família com uma ação de fiscalização. Por esses motivos, Bilynskyj enviou um ofício ao STF cancelando oficialmente a visita e solicitando que uma nova data seja marcada, desde que não entre em conflito com os horários de visitação familiar.
A inspeção na cela havia sido solicitada por Bilynskyj para averiguar as condições de encarceramento do ex-presidente. Moraes autorizou a fiscalização na última sexta-feira, 5, com regras rígidas: proibição de celulares, fotos e gravações.
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