POLÍTICA
José Dirceu era alvo de assassinato em plano golpista, revela investigação
Plano golpista do general Mario Fernandes considerava que morte de ex-ministro 'não causaria comoção nacional'
Por Da Redação

O ex-ministro José Dirceu (PT), seria um dos alvos de assassinato do plano Punhal Verde Amarelo, que foi elaborado pelo general Mario Fernandes e visava um golpe de estado diante do resultado das eleições de 2022, quando o presidente Lula (PT) derrotou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, Dirceu, que é listado como Juca, seria alvo juntamente com o ministro do STF Alexandre de Moraes, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio presidente Lula, por conta da sua influência nos mandatos anteriores do petista.
No texto, que foi elaborado e impresso pelo general dentro do Palácio do Planalto, Juca seria "a iminência parda do 01 e das lideranças do futuro governo". O documento afirma ainda que "a sua neutralização desarticularia os planos da esquerda mais radical" e que o assassinato de Dirceu não seria capaz de causar "comoção nacional".
O plano Punhal Verde e Amarelo previa ainda o envenamento do presidente Lula, apontando como possível brecha o seu "estado de saúde de ida frequente a hospitais".
No caso da morte de Lula, que era listado como "Jeca", o documento aponta que "A sua neutralização abalaria toda a chapa vencedora, colocando-a, dependendo da interpretação da Lei Eleitoral, ou da manobra conduzida pelos 3 Poderes, sob a tutela principal do PSDB".
Em denúncia formulada contra o general, a Procuradoria Geral da República (PGR) afirmou que "O plano foi arquitetado e levado ao conhecimento do presidente da República, que a ele anuiu, ao tempo em que era divulgado relatório em que o Ministério da Defesa se via na contingência de reconhecer a inexistência de detecção de fraude nas eleições."
Mário Fernandes e outros cinco acusados de participar da trama golpista respondem a ação penal pela tentativa de golpe de Estado após a Primeira Turma do STF acatar a denúncia da PGR.
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