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Justiça mantém prisão de Crivella e demais acusados após audiência

Publicado terça-feira, 22 de dezembro de 2020 às 19:37 h | Atualizado em 22/12/2020, 19:40 | Autor: Redação
Crivella deverá passar pela Casa de Custódia Frederico Marques, em Benfica, para triagem. De lá, ele vai para a Penitenciária Bangu 8. I Foto: Pilar Olivares / REUTERS
Crivella deverá passar pela Casa de Custódia Frederico Marques, em Benfica, para triagem. De lá, ele vai para a Penitenciária Bangu 8. I Foto: Pilar Olivares / REUTERS -

Em audiência de custódia, nesta terça-feira, 22, a desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, do Tribunal de Justiça do Rio, decidiu manter a prisão do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, e de outros três acusados de suposto envolvimento no chamado "QG da Propina", também detidos pela manhã, em nova fase da operação Hades, da Polícia Civil e do Ministério Público: o empresário Rafael Alves, o ex-tesoureiro de Crivella Mauro Macedo e o empresário Cristiano Stockler. O ex-delegado Fernando Moraes e o empresário Adenor Gonçalves, com suspeita de Covid-19, serão ouvidos nesta quarta-feira por videoconferência. O ex-senador Eduardo Lopes não foi encontrado pelos agentes.

Crivella foi o primeiro a falar e disse que "não houve excessos durante o cumprimento do mandado de prisão". Em seguida, tiveram a palavra Rafael Alves, Mauro Macedo e Cristiano Stockler.

Agora, Crivella vai deverá passar pela Casa de Custódia Frederico Marques, em Benfica, para triagem. De lá, ele vai para a Penitenciária Pedrolino Werling de Oliveira, Bangu 8. Ele só vai para o Batalhão Especial Prisional (BEP), para PMs, em Niterói, se houver autorização judicial.

Defesa aciona o STJ

A defesa do prefeito já entrou, nesta terça, com um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), alegando que a prisão de Crivella foi ilegal. Os advogados afirmam que a desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita não teria competência legal para decidir monocraticamente pela expedição de um mandado de prisão preventiva em nome do chefe do executivo municipal, já que o ato, ainda segundo os advogados, só poderia ser feito por um colegiado de desembargadores ou pelo presidente do TJ.

Na denúncia apresentada contra Marcelo Crivella, o Ministério Público aponta que o prefeito é o “vértice” da organização criminosa que ficou conhecida como “QG da propina”. Segundo os promotores, Crivella “orquestrava sob sua liderança pessoal” o esquema que tinha como objetivo “aliciar empresários para participação nos mais variados esquemas de corrupção, sempre com olhos voltados para a arrecadação de vantagens indevidas mediante promessas de contrapartidas”.

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