POLÍTICA
Kleber Rosa: Bolsonaro e Eduardo apostaram no "tudo ou nada"
Psolista avalia que família Bolsonaro perdeu base eleitoral e enfrenta consequências
Por Eduardo Dias

Ex-candidato ao Governo da Bahia e a Prefeitura de Salvador, Kleber Rosa (PSOL) reagiu ao indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, Eduardo Bolsonaro, pela Polícia Federal, na quarta-feira, 21, em inquérito que apura uma tentativa de obstrução das investigações da trama golpista de janeiro de 2023.
Para o psolista, tanto Bolsonaro quanto Eduardo resolveram apostar o 'tudo ou nada' contra a Justiça brasileira ao se aliarem ao governo norte-americano e apoiarem medidas restritivas à economia do Brasil, como o tarifaço econômico de 50%.
“A família Bolsonaro resolveu jogar no tudo ou nada, arriscou a alternativa eleitoral para voltar a táticas golpistas, foram para os Estados Unidos para chantagear o Brasil. E quando vão para o tudo ou nada, os resultados podem não ser exatamente que eles querem. Então, acho que a posição firme do presidente Lula, aliado ao posicionamento firme também do STF aí representado por Alexandre de Moraes, tem garantido que eles percam essa disputa golpista e as consequências já estão aparecendo", disse.
Eles estão perdendo a batalha, Bolsonaro vai ser preso mês que vem e Eduardo vai responder ao inquérito, vai ficar foragido nos Estados Unidos e se voltar para o Brasil vai ser preso. Acredito que seja o início do fim da era da família Bolsonaro.
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Ainda conforme a avaliação de Kleber, a família Bolsonaro tem colhido os frutos negativos da trama golpista, principalmente no quesito eleitoral.
“Perdem importância eleitoral, perdem base eleitoral, acho que o termo melhor é esse, perdem base eleitoral, queimam as alternativas que tinham aqui, a exemplo de Tarcísio de Freitas, o governador de São Paulo, e ficam sem muitas opções. E o resultado da ação deles, por ser uma ação criminosa, atentando contra a soberania nacional e tentando obstruir o processo que corre contra Bolsonaro, termina acarretando outros crimes", pontuou.
Indiciamento
No inquérito, a PF apontou a Bolsonaro e Eduardo três crimes: coação no curso do processo (art. 344 do Código Penal), com pena de 1 a 4 anos; obstrução de investigação de infração penal envolvendo organização criminosa (art. 2º, §1º, da Lei 12.850/13), punida com 3 a 8 anos; e abolição violenta do Estado Democrático de Direito (art. 359-L do Código Penal), cuja pena varia de 4 a 8 anos, além da correspondente à violência praticada.
Combinadas, as penas podem totalizar até 20 anos de reclusão. O relatório final já foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República, que analisará a possibilidade de oferecer denúncia ao Supremo Tribunal Federal, dando início à fase judicial do caso.
O processo em questão difere do que já está em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que será julgado no dia 2 de setembro.
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