CÂMARA DOS DEPUTADOS
Lídice diz que Eduardo Bolsonaro "traiu o país" e que cassação demorou
Para deputada, ele deveria ter perdido mandato por articular contra a economia brasileira

Por Ane Catarine e Rodrigo Tardio

A deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA) afirmou nesta sexta-feira, 19, em entrevista ao Portal A TARDE, que as cassações de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ) na Câmara dos Deputados “foram tardias”.
A parlamentar baiana comemorou a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), mas avaliou que a perda do mandato de Eduardo deveria ter ocorrido antes, em razão da defesa de tarifas de importação impostas pelo governo de Donald Trump contra o Brasil.
“As cassações foram tardias. Eduardo Bolsonaro deveria ter sido cassado pela traição que efetivou contra a economia do país, quando buscou sanções econômicas para o Brasil e a intervenção de outro país na vida política e jurídica brasileira. Mas, enfim, chegou a hora de cassá-lo por falta”, afirmou.
Lídice também criticou o fato da Câmara dos Deputados ter mantido o pagamento do salário de Eduardo Bolsonaro, que vive nos Estados Unidos (EUA) desde fevereiro deste ano.
“Ele fugiu do Brasil, saiu sem comunicar a Câmara e permaneceu nessa situação inadmissível. A Câmara estava pagando o salário dele e de todos os seus funcionários. Isso é escandaloso”, completou.
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Entenda as cassações
Alvos de investigações e processos no Supremo Tribunal Federal (STF), Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem tiveram os mandatos cassados por decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta, na quinta-feira, 18.
No caso de Eduardo Bolsonaro, a decisão levou em conta o excesso de faltas. Eleito por São Paulo, o ex-deputado anunciou em março que passaria a morar nos Estados Unidos.
Alexandre Ramagem foi condenado em setembro pelo STF por participação na tentativa de golpe de Estado em 2022. Desde então, encontra-se foragido nos EUA.
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